Ponte condenada do Rio Caeté será interditada no Acre; travessia será feita por balsas

A ponte sobre o Rio Caeté, localizada no km 10 da BR-364, em Sena Madureira, Acre, será interditada até o próximo sábado (18), segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A decisão foi tomada após monitoramento revelar um deslocamento de 2,5 metros na estrutura, o que compromete a segurança do tráfego.

Ricardo Araújo, superintendente do Dnit no Acre, afirmou que a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta Tocantins e Maranhão, serviu de alerta para reforçar o acompanhamento das pontes no estado.

“O Dnit tem para mais de 4 mil pontes em todo o Brasil e algumas foram classificadas. Essa nossa ponte é considerada risco 1 [pontes com maior risco de desabamento], porque ela é uma ponte que, como andou [se movimentou], ela é um pouco diferente da estrutura do Maranhão. Lá era concreto, aqui nós temos uma ponte que é totalmente metálica, e a estrutura é mista”, explicou.

Monitoramento intensificado desde 2022

O superintendente explicou que o monitoramento da ponte foi intensificado em 2022, quando foi decretada a primeira situação de emergência no local.

Em 2023, o Dnit iniciou análises detalhadas para compreender os danos estruturais.

Em nota, o órgão confirmou que os técnicos continuam acompanhando a situação e destacou que medidas emergenciais estão em andamento.

O Dnit está contratando uma empresa especializada para realizar os reparos necessários na travessia.

Travessia será realizada por balsas

Durante o período de interdição, a travessia do Rio Caeté será feita por balsas, que estarão disponíveis gratuitamente 24 horas por dia, todos os dias da semana.

As embarcações têm capacidade para transportar todos os tipos de veículos, incluindo caminhões e carretas.

Construção da nova ponte

A construção de uma nova ponte está prevista para começar após a conclusão do processo licitatório, que deve ocorrer em junho.

O prazo estimado para a finalização da obra é de 18 meses.

A ponte atual, inaugurada em 2008, possui 210 metros de extensão e há 15 anos é alvo de monitoramento devido a problemas estruturais.

A interdição busca garantir a segurança dos usuários enquanto as obras de recuperação e a construção da nova estrutura são realizadas.

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