Em Paragominas, descarga elétrica mata ladrão

A tentativa de furtar fios de energia elétrica para extrair cobre, uma prática perigosa e ilegal, terminou de forma trágica em Paragominas, no nordeste do Pará. Edhielton dos Santos Marques, de 29 anos, morreu na noite de quinta-feira (16) ao sofrer uma forte descarga elétrica enquanto tentava roubar cabos de uma borracharia localizada na Avenida dos Pioneiros.

O incidente ocorreu durante uma chuva intensa, potencializando os riscos da ação. A Polícia Militar foi acionada pelo proprietário do estabelecimento, que encontrou o corpo da vítima no local. Segundo informações da Polícia Civil, Edhielton tinha histórico criminal por homicídio e furto de energia elétrica, prática também conhecida como “gato”. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Paragominas para os procedimentos legais.

Casos como esse evidenciam o alto risco e a imprudência de furtar fios de energia, uma atividade que não só coloca em perigo a vida do autor como também pode causar danos à população, como interrupções no fornecimento elétrico e prejuízos financeiros para empresas e munícipes. A extração e venda do cobre – material valioso no mercado ilegal – são um dos principais motores desse tipo de crime.

“Furtar fios de energia é uma atividade extremamente perigosa. Uma descarga elétrica de alta tensão pode ser fatal em questão de segundos. Além disso, esses furtos impactam diretamente o cotidiano de milhares de pessoas”, alerta um especialista em segurança patrimonial.

Nos últimos anos, o furto de fios de cobre tem se tornado uma preocupação crescente em todo o Brasil, alimentando um mercado clandestino de receptação. Essa prática criminosa não apenas expõe os infratores a riscos fatais, como também sobrecarrega os sistemas de segurança e prejudica a infraestrutura das cidades.

Em Paragominas, o caso de Edhielton Marques reforça a necessidade de campanhas de conscientização sobre os perigos do furto de fios e a importância de medidas de segurança mais eficazes para coibir essa prática.

“Infelizmente, muitos enxergam essa atividade como uma forma rápida de obter dinheiro, sem medir as consequências graves para si mesmos e para a sociedade”, conclui o especialista.

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