Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo, morre aos 92 anos

O Brasil perdeu neste domingo (19), aos 92 anos, Léo Batista, um dos jornalistas mais reverenciados do país. O comunicador da Rede Globo estava internado em um hospital particular no Rio de Janeiro e morreu após complicações de saúde.

Ele foi admitido no Hospital Rios D’Or em 6 de janeiro, após um quadro de desidratação e dor abdominal. mas sua condição se agravou.

Na última sexta-feira (17),  o Hospital Rios D’Or, divulgou nota dizendo que Léo descobriu um tumor no pâncreas e estava internado na UTI.

Léo Batista, conhecido pela sua voz inconfundível e pelo seu estilo descontraído, marcou a história do jornalismo brasileiro, especialmente na cobertura esportiva.

Quem foi Léo Batista?

Natural de Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo se mudou para o Rio de Janeiro ainda jovem, onde iniciou sua carreira na Rádio Globo. Em seguida, passou pela TV Rio e, em 1970, fez sua estreia na Rede Globo.

Foi nesse período que Léo se destacou no jornalismo esportivo, com grande destaque para sua narração e apresentação de programas como o Globo Esporte, Jornal Hoje e o Esporte Espetacular.

Ele foi também responsável por apresentar o icônico quadro “Gols do Fantástico”, ao lado da famosa personagem “Zebrinha”, criada por ele mesmo. A partir dessa colaboração, se consolidou como um dos maiores ícones da televisão brasileira.

Ao longo de sua carreira, Léo esteve presente na cobertura de 13 Copas do Mundo e 13 edições das Olimpíadas, destacando-se pela habilidade e sensibilidade ao transmitir grandes momentos esportivos.

Conhecido como “A Voz Marcante”, Léo também foi o pioneiro ao narrar surfe e Fórmula 1 na televisão brasileira. Fora do universo esportivo, ele comandou o programa de auditório Clube da Alegria e até substituiu em edições do Jornal Nacional. Léo também ficou famoso por ter anunciado a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954.

Reconhecimento e legado

Ao longo de sua longa trajetória, a contribuição de Batista à cobertura esportiva foi reconhecida por meio de documentários e homenagens, como a série especial exibida no Sportv, que abordou sua carreira.

Além disso, o Botafogo, clube do qual era fanático, o homenageou com uma cabine de imprensa com seu nome no Estádio Nilton Santos, e ele chegou a anunciar escalações do time.

*Com informações do Portal UOL e Globo Esporte.

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