Em reunião ministerial, Lula diz que 2025 será “o ano da colheita”

Na manhã desta segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comandou uma reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília (DF), focada na definição das prioridades do governo para os próximos dois anos – os últimos de seu mandato.

Durante a abertura, Lula deixou claro que o governo não pode cair em antecipações eleitorais, já que, segundo ele, a oposição já iniciou sua campanha. “Pelos adversários, a eleição do ano vem já começou. É só ver o que vocês assistem na internet para perceberem que eles já estão em campanha”, comentou o presidente.

Lula também afirmou que o foco do governo deve ser o trabalho constante. “Nós não podemos antecipar a campanha porque nós temos que trabalhar. E a antecipação da campanha para nós é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar para o povo aquilo que ele precisa”, destacou.

Em seguida, o presidente reforçou sua visão para o futuro, explicando que 2025 será o “ano da grande colheita” das ações de seu governo. Ele frisou que o trabalho realizado até agora foi o início de um processo de reconstrução, mas ainda há muito a ser feito.

“Nós passamos dois anos arrumando a casa, trabalhando a terra, cultivando a terra, plantando as coisas. E agora já sabemos o que plantamos, e temos que ter certeza de que vamos colher tudo aquilo que plantamos.”

Fake news sobre o Pix

Outro ponto importante da reunião foi o discurso sobre os desafios que o governo tem enfrentado, como a desinformação em torno das mudanças na fiscalização do Pix.

O presidente mencionou a revogação da normativa da Receita Federal e a onda de fake news que gerou confusão, garantindo que o governo não tinha a intenção de cobrar impostos sobre as transferências feitas via Pix, algo que foi amplamente distorcido.

Lula ainda abordou a importância de fortalecer a comunicação do governo, especialmente após a saída de Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e a nomeação de Sidônio Palmeira para o cargo.

Em sua fala, o chefe de Estado ressaltou também que, apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem enfrentados.

“Posso dizer pra vocês que a entrega que nós fizemos para o povo ainda não foi a entrega que nos comprometemos a fazer em 2022”, declarou. Ele reconheceu que muitas das promessas feitas durante a campanha de 2022 ainda não se concretizaram plenamente. “Esse ano será de definição”, acrescentou.

Lula foi enfático ao pedir que seus ministros não falhassem no cumprimento de suas responsabilidades. “Nós não podemos falhar, não temos o direito de falhar. Não podemos errar, não temos o direito de errar”, disse, cobrando a máxima eficiência de sua equipe.

Após o discurso de abertura, os ministros apresentaram balanços detalhados de suas pastas e discutiram as principais ações e projetos que estão sendo planejados para os próximos meses.

O encontro contou com a participação de líderes do governo no Congresso, além de figuras importantes como Magda Chambriard, presidente da Petrobras, e Celso Amorim, assessor especial de Lula para assuntos internacionais.

O presidente concluiu a reunião fazendo um apelo à reflexão e à ação, dizendo: “Esse não é um momento para inventarmos nada novo, é hora de garantir que o que já foi anunciado se concretize.” Ele deixou claro que o governo precisa de mais trabalho para alcançar os objetivos e cumprir com o que foi prometido aos brasileiros, enfatizando que 2025 será decisivo para o futuro do país.

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