O Reino Unido já tentou construir uma bomba nuclear com galinhas vivas!

Nem todos sabem, mas, na década de 1950, o Reino Unido planejava usar uma bomba nuclear cheia de galinhas vivas!

Tudo começou na Guerra Fria, quando, diante de uma possível invasão russa à Europa Ocidental, o governo do Reino Unido decidiu implementar o chamado projeto Blue Peacock (ou Pavão Azul, em português). A iniciativa consistia em enterrar minas nucleares nas terras do norte da Alemanha, ativando-as remotamente por um temporizador.  

Entenda:

  • Na década de 1950, o Reino Unido queria construir uma bomba nuclear preenchida com galinhas vivas;
  • Na Guerra Fria, os britânicos buscavam frustrar uma possível invasão russa à Europa Oriental;
  • A solução foi iniciar um projeto chamado de Blue Peacock, que consistia em enterrar minas nucleares no norte da Alemanha e ativá-las remotamente;
  • O frio europeu, entretanto, faria com que a bomba perdesse sua capacidade de operação – e foi aí que surgiram as galinhas;
  • A ideia era colocá-las no interior da bomba e usar o calor de seus corpos para mantê-la aquecida;
  • O projeto acabou falhando, e só foi revelado ao mundo em 2004.
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Reino Unido tentou encher bomba nuclear com galinhas vivas. (Imagem: Vadim Sadovski/Shutterstock)

Com a radioatividade proveniente da explosão, os russos teriam seus planos interrompidos. “Uma mina atômica habilmente posicionada não apenas destruiria instalações e instalações em uma grande área, mas também negaria a ocupação da área a um inimigo por um tempo apreciável devido à contaminação”, apontava um documento confidencial escrito em 1955 e relatado em um artigo no periódico Discovery.

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Segredo de bomba nuclear do Reino Unido era um punhado de galinhas 

O plano, claro, encontrou alguns desafios. O maior deles era que a Blue Danube (Danúbio Azul), primeira e, até então, única arma nuclear britânica, precisava ser armazenada em um clima controlado – ou seja, o frio intenso da Europa faria com que a bomba deixasse de funcionar, como alguns testes mostraram na época.

E foi exatamente aí que entraram as galinhas. Além de uma camada de isolamento, a bomba ainda receberia um grupo das aves em seu interior, e, com comida e água, elas conseguiriam sobreviver por cerca de uma semana – até o fatídico momento da explosão. A ideia era usar o calor gerado pelo corpo das galinhas para manter a Blue Danube aquecida. 

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Galinhas ajudariam a manter bomba nuclear aquecida. (Imagem: Lukas Beno/Shutterstock)

O projeto recebeu alguns protótipos, mas, no fim das contas, foi cancelado após um só teste. Em 2004, o Arquivo Nacional do Reino Unido revelou o Blue Peacock ao mundo – mas o anúncio aconteceu justamente em um dia 1º de abril, então todos acreditavam que se tratava de uma simples pegadinha do Dia da Mentira. 

A organização teve que vir a público para confirmar a veracidade do antigo projeto. “Esses documentos vêm direto dos arquivos de Aldermaston. Por que e como os falsificaríamos?”, afirmou Peter Hennessy, curador da exposição que revelou o projeto, à Times.

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