Roraima se destaca por não registrar mortes de pessoas trans em 2024; veja os 3 piores estados

O estado de Roraima não teve nenhum registro de morte de pessoas trans no ano de 2024. O dossiê, realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), foi divulgado na última segunda-feira (27).

No Brasil, 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas em 2024. A pesquisa apresenta uma queda em relação ao ano de 2023, que registrou 145 mortes.

Em 2024, 117 casos de assassinatos foram contra travestis e mulheres transexuais, e 5 com homens trans e pessoas transmasculinas.

Além de Roraima, os estados de Acre e Rio Grande do Norte também não registraram casos do crime.

Veja os três piores estados

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Ceará, apresentaram os maiores registros de mortes de pessoas trans e travestis em 2024, segundo o dossiê. Confira os números de cada um:

• São Paulo: 16 casos.
• Minas Gerais: 12 casos.
• Ceará: 11 casos.

Segundo a presidente da Antra, Bruna Benevides, os estados com o maior número de mortes são os que mais enfrentam dificuldade em implementar políticas públicas que assegurem direitos à comunidade trans e travesti.

Pelo 16° ano consecutivo, o Brasil segue sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo.

Confira lista completa do dossiê

A lista completa do dossiê inclui as mortes registradas em todos os estados e Distrito Federal, de acordo com a Antra. Confira a lista completa:

1. São Paulo: 16 casos
2. Minas Gerais: 12 casos
3. Ceará: 11 casos
4. Rio de Janeiro: 10 casos
5. Bahia: 8 casos
6. Mato Grosso: 8 casos
7. Pernambuco: 8 casos
8. Alagoas: 6 casos
9. Maranhão: 5 casos
10. Pará: 5 casos
11. Paraíba: 5 casos
12. Piauí: 4 casos
13. Rio Grande do Sul: 4 casos
14. Espírito Santo: 3 casos
15. Santa Catarina: 3 casos
16. Goiás: 2 casos
17. Rondônia: 2 casos
18. Sergipe: 2 casos
19. Amapá: 1 caso
20. Amazonas: 1 caso
21. Distrito Federal: 1 caso
22. Mato Grosso do Sul: 1 caso
23. Paraná: 1 caso
24. No exterior: 1 caso
25. Sem localização determinada: 1 caso
26. Acre: Sem registros
27. Rio Grande do Norte: Sem registros
28. Roraima: Sem registros

Perfil das vítimas

Por fim, o dossiê analisou um perfil das vítimas com base nos casos registrados. A raça/cor e classe social foram um dos fatores.

Veja o perfil das vítimas, segundo a pesquisa:

• Pessoas em situação de vulnerabilidade social, para quem o trabalho sexual representa uma fonte primária ou secundária de renda.
• Jovens trans entre 15 e 29 anos.
• Dos 122 casos, em 86 foi possível identificar a raça/cor das vítimas, resultando em 78% das vítimas sendo pessoas transexuais e negras.

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