DeepSeek: ataque hacker contra IA chinesa teria partido dos EUA

O DeepSeek R1, modelo de inteligência artificial desenvolvido por uma startup da China, é, por enquanto, a grande sensação do mundo da tecnologia em 2025. O lançamento da ferramenta gerou grandes reações no mercado financeiro e temores em concorrentes do setor.

Após grande repercussão, a IA chinesa acabou sendo alvo de um ataque cibernético, tendo que limitar cadastros de usuários temporariamente. Agora, informações divulgadas por Pequim apontam que a ação criminosa partiu dos Estados Unidos.

IA chinesa ainda não se recuperou totalmente dos ataques

A conclusão é fruto de uma análise feita pela empresa chinesa de programas antivírus Qi’anxin. A companhia confirmou que identificou os endereços IP relacionados ao ataque e todos são norte-americanos.

Os ataques contra a DeepSeek começaram no início do mês e atingiram o pico entre segunda e terça-feira dessa semana, quando o aplicativo se tornou o mais baixado nos EUA. As informações foram divulgadas pela Yuyuan Tantian, uma conta nas redes sociais administrada pela emissora estatal CCTV.

Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Chatbot chinês já virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A IA chinesa também afirmou que já identificou o problema, implementou uma alteração no sistema e assegurou que está atenta a quaisquer potenciais problemas. A DeepSeek admitiu, no entanto, que os seus serviços ainda não estão funcionando normalmente.

O governo dos Estados Unidos não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse nos últimos dias que o Conselho de Segurança Nacional investiga as potenciais implicações da ferramenta chinesa no país.

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Ícones dos aplicativos do DeepSeek e do ChatGPT na tela inicial de um iPhone
IA chinesa chegou para rivalizar com o ChatGPT (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para outras gigantes do setor

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados que vêm surpreendendo o mercado.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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