EXCLUSIVO – A vice Hana, a urgência de ajuste fiscal e a água no barco do governo

O portal Ver-o-Fato tem revelado, por meio de fontes confiáveis dentro do governo do Pará, que a vice-governadora Hana Ghassan Tuma enfrenta um momento delicado. Antes cotada como sucessora natural de Helder Barbalho em 2026, ela agora se vê sob intensa fritura política, sendo praticamente descartada como candidata do governador. A história que se desenrola nos bastidores reforça um velho ditado: o poder que eleva ao topo é o mesmo que pode derrubar escada abaixo.

Enquanto a mídia estatal tenta projetar a imagem de uma vice-governadora atuante e com desenvoltura, a realidade nos corredores do governo é bem diferente. Seja na seara política ou na gestão pública, Hana enfrenta dificuldades que enfraquecem sua posição.

Agora novamente como secretária de Planejamento e Administração do Estado (Seplad), ela ocupa um posto estratégico, responsável pelo planejamento orçamentário e financeiro desde o início da primeira gestão de Helder. Contudo, os desafios na condução das contas públicas têm se tornado um peso difícil de carregar.

Atualmente, Hana tenta, sem sucesso, recolocar o orçamento estadual nos trilhos. O ajuste fiscal necessário exige medidas amargas, cujos efeitos não se fazem sentir a curto e médio prazos. Esse cenário só agrava sua fragilidade política, já que ela carece de capilaridade, protagonismo e independência dentro da base aliada. Aos olhos de muitos, a vice-governadora não tem vida própria dentro do grupo de Helder, o que compromete qualquer viabilidade eleitoral.

Outro fator que pesa contra sua permanência no tabuleiro sucessório é a atuação na organização da COP 30, evento que deveria lhe render dividendos políticos. No entanto, o desenrolar das últimas decisões e a falta de resultados práticos podem selar definitivamente seu destino.

O próprio governador já avalia mudanças na coordenação estadual do evento e na Seplad, pois ambas as estruturas estão dominadas por técnicos ligados a Hana, o que compromete a eficiência da gestão. “Aqui dentro está um grande desânimo. O barco das contas públicas está com furos e a água entrando por todos os lados”, diz um técnico.

Os “iluminados”

Movimentações recentes reforçam essa tendência. Nomes importantes foram remanejados da COP 30 para a Seplad, deixando a coordenação estadual do evento enfraquecida. Entre os deslocados, estão a própria Hana Ghassan Tuma, Ivaldo Reinaldo de Paula Ledo, Cláudia Cristina Fernandes Valente e Maria de Nazaré Souza Nascimento.

Outros ex-integrantes assumiram postos estratégicos na prefeitura de Belém, como Ana Carolina Lobo Gluck Paul na Procuradoria Geral do Município e Cláudio Luciano Monteiro de Oliveira, na Secretaria Municipal de Segurança Pública e Mobilidade.

O governador tem plena consciência dos erros cometidos na gestão, mas seu orgulho dificulta o reconhecimento público dessas falhas, especialmente no que diz respeito à aposta em Hana. Com o orçamento estadual em colapso, a Seplad transformou-se em um espaço de nomeações políticas, desvirtuando sua função técnica e comprometendo ainda mais a gestão fiscal.

Resumo da ópera: o futuro político de Hana Ghassan Tuma parece cada vez mais incerto. No xadrez sucessório de Helder Barbalho, os movimentos indicam que a vice-governadora pode estar prestes a ser retirada do jogo. Mas quem seria o Plano B do governador?

Às apostas, senhoras e senhores.

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