BELÉM – Entregadores expulsos de conveniência denunciam discriminação e protestam

Uma denúncia de discriminação contra entregadores de aplicativos em Belém ganhou grande repercussão nas redes sociais, na última quinta-feira. O caso ocorreu na loja “Tudo Conveniência”, localizada na avenida Brás de Aguiar, bairro de Nazaré, quando um grupo de entregadores que consumia no local foi expulso de forma humilhante.

De acordo com informações de um dos entregadores que registrou o momento em vídeo, a funcionária que os enxotou alegou que eles “espantavam a clientela”, mesmo estando no estabelecimento como clientes pagantes. O trabalhador relatou ter se sentido profundamente humilhado ao ouvir que “não os queriam ali nem como clientes”.

A gravação rapidamente viralizou e gerou indignação nas redes sociais, onde usuários condenaram a atitude da funcionária e classificaram o ato como preconceituoso.

Protesto e intervenção policial

A repercussão do caso mobilizou outros entregadores, que se dirigiram à conveniência para protestar contra a expulsão dos colegas. A manifestação gerou tensão no local, e a Polícia Militar foi acionada para conter os ânimos. No entanto, não houve registro de violência.

Os trabalhadores cobraram um posicionamento da empresa e da gerência do estabelecimento, mas até o momento, “Tudo Conveniência” não se manifestou oficialmente sobre o caso.

Revolta nas redes sociais

A indignação foi amplificada nas redes sociais, onde internautas criticaram duramente a postura da funcionária responsável pela expulsão dos entregadores. Muitos apontaram o ocorrido como um ato de preconceito e questionaram se a mesma abordagem seria adotada caso os clientes fossem de um perfil social diferente.

A direção da cadeia de lojas ainda não se manifestou. O espaço está aberto.

Confira algumas reações dos usuários, sem identificação dos autores:

“Incrível como ainda tem gente que concorda com a atitude mesquinha dessa mulher! Lembrando que gerente não é dono! Espero que, no mínimo, seja demitida, para aprender a tratar e falar com os outros direito. Duvido que, se fosse um burguês, ela teria a mesma atitude.”

“Ela foi bem clara que não quer entregadores na conveniência dela. Isso é discriminação com trabalhadores! Seria bem melhor ela aprender a se expressar e tratar bem as pessoas.”

“Se fossem playboys consumindo só uma garrafa de água, isso não teria acontecido.”

“Essa mulher tem uma arrogância só. Já fui várias vezes lá e ela se porta como se fosse a dona do estabelecimento.”

A repercussão negativa levanta questões sobre o preconceito enfrentado diariamente por entregadores, profissionais fundamentais para a sociedade, mas que muitas vezes são tratados com desprezo e discriminação.

Até o momento, não há informações sobre possíveis medidas administrativas contra a funcionária ou qualquer retratação por parte do estabelecimento.

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