Anistia do 8 de janeiro: Hugo Motta promete debate apartidário na Câmara

Hugo Motta fará discussão sobre anistia ao envolvidos no 8 de janeiro.

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou no último domingo (2) que a pauta da anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro será discutida juntamente com os líderes, de maneira apartidária. 

“Esse tema é o que mais divide a Casa hoje. A pauta é decidida pelo presidente, com participação dos líderes. Com certeza, esse será um tema levado para essas reuniões nos próximos dias, e vamos conduzir com a maior imparcialidade possível”, disse durante coletiva a veículos de imprensa da Paraíba. 

Motta ressaltou que há duas visões do assunto: o Partido Liberal (PL), que defende a votação da anistia para os presos do 8 de janeiro, e o Partido dos Trabalhadores (PT), que não quer que o assunto seja tratado.

Forte nome do PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro declarou recentemente que o indulto concedido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), aos condenados pela invasão do Capitólio em 2021, deveria servir de exemplo de anistia aos presos pelo ataque às sedes do poder em Brasília. 

Para ele, o assunto precisa ser tratado quanto antes. “Espero que não precise chegar um presidente de direita para fazer isso. Que o Congresso resolva esse problema agora”, afirmou. 

Do outro lado, a presidente do PT nacional, Gleisi Hoffmann, entende a ação como algo desleal. 

“Bolsonaro sempre foi um covarde, como eram covardes os torturadores que ele defende, e agora virou chorão. Punição para todos! Sem anistia! Arquivamento já!”, argumentou. 

União 

O presidente da Câmara assegura que o trabalho tem que ser feito por um Brasil melhor, dia após dia. 

“O nosso interesse é trabalhar pelo Brasil, enfrentando a agenda do presente e não antecipando o debate eleitoral de 2026”, comentou. 

O argumento segue a ideia daquilo que foi dito quando lançou sua candidatura. À época, Motta garantiu que o crescimento do país, com a luta da justiça social, era preciso, ressaltando que a base para a construção de um Brasil unido tem que ser o diálogo. 

Divergência entre as casas

Enquanto isso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) já descartou pautar o tema na casa legislativa. Segundo o parlamentar, a proposta de anistia aos condenados pelos atos do dia 8 de janeiro “não vai pacificar o Brasil”.

Na tentativa de fugir do tema, Alcolumbre afirmou que é fundamental impedir que temas de natureza político-eleitoral e ideológica “contaminem o debate do Parlamento brasileiro”.

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