‘A oposição ajudou o governo aprovando o arcabouço’, diz Eduardo Gomes, 1º vice-presidente do Senado

Senador Eduardo Gomes

A região Norte está fortemente representada na nova Mesa Diretora do Senado Federal. A começar pela presidência, do senador Davi Alcolumbre (União-AP), seguindo com a primeira-vice-presidência do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Além disso, Confúcio Moura (MDB-RO) assume a segunda-secretaria e os senadores Chico Rodrigues (PSB-RR) e Mecias de Jesus (Republicanos-RR) compõem a lista de suplentes.

Com um dos principais cargos da casa legislativa, Eduardo Gomes conhece bem a administração do Senado. Na primeira gestão de Alcolumbre, entre 2019 e 2021, ele assumiu outro cargo na Mesa, o de segundo-secretário.

O congressista também já foi deputado federal por três mandatos, e iniciou sua trajetória na política partidária como vereador, em 1997.

Ao Grupo Norte de Comunicação, Gomes afirma que confia em uma boa relação entre o Congresso e o Executivo. Em pautas mais polêmicas, ele se propõe a ser um ponto de equilíbrio nos debates, sem deixar de defender o seu estado.

Em pronunciamento, à bancada, senador Eduardo Gomes (PL-TO). – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Grupo Norte: Senador, o que significa a sua eleição para a vice-presidência do Senado, não apenas para o Tocantins, mas também para toda a região Norte?

Eduardo Gomes: Fico muito feliz, acho que isso, em primeiro lugar, é um registro histórico para as futuras gerações, que chegarão aqui nos corredores do Congresso e verão que os seus representantes do passado, no caso, tiveram posições importantes. E também uma voz a mais para que a gente busque desenvolvimento regional, igualdade de condições para o desenvolvimento de emprego e renda no interior do Brasil.

Entendo que é um momento de muita alegria, reconhecimento ao trabalho que foi feito com as lideranças para que a gente chegasse à posição de primeiro vice-presidente, mas também reforçando a população do Norte do país por ter novamente um nortista como presidente do Congresso Nacional e do Senado, que é o senador Davi Alcolumbre, do Amapá.

Grupo Norte: O senhor é considerado um parlamentar moderado. Qual vai ser o seu papel nessa Mesa Diretora?

Eduardo Gomes: Bom, primeiro continuar sendo combativo, muito combativo, para ajudar o meu estado, para cumprir a função que o Tocantins delegou a mim, ao meu querido e eterno senador Siqueira Campos e ao Ogari Pacheco. Nós três chegamos juntos aqui. E junto com toda a bancada federal, defender os interesses do estado com muita veemência.

Nos debates, daqueles mais complicados, em que é preciso manter o bom senso, a calma, sempre irei colaborar com esse espírito de ajustarmos as nossas ideias, equilibrarmos a nossa ação para seguir em frente.

GN: De que forma o Senado, com essa nova Mesa Diretora, vai se relacionar ou procurar se relacionar com os demais poderes, o Executivo e principalmente com o Judiciário?

EG: Eu tenho certeza que fará de maneira tranquila, serena, diligente. Eu também era da Mesa Diretora do Senado quando o Davi Alcolumbre assumiu pela primeira vez, eu era segundo secretário. E agora volto nessa função sabendo que ele vai exercitar o diálogo junto ao presidente Hugo Motta, para que o Brasil consiga conversar entre os poderes e cada um defenda seu ponto de vista com respeito e com amplitude de debate.

Em pronunciamento, à bancada, senador Eduardo Gomes (PL-TO). – Foto: Pedro França/Agência Senado

GN: Agora, o governo tem pautas importantes no Congresso que precisam ser destravadas, principalmente na área econômica. Tem o Orçamento 2025, mas também tem outras pautas como a questão do Plano Nacional da Educação. Quais serão, de fato, as prioridades dessa nova mesa diretora aí no Senado?

EG: Nos momentos mais críticos, a oposição, inclusive, ajudou o governo aprovando o arcabouço, discutindo matérias importantes. Então, que pese o debate político mais acirrado, essa polarização, nós sempre, em matérias que são favoráveis à população e necessárias, a nossa postura sempre tem sido uma postura de tranquilidade, de serenidade e equilibrada.

GN: Um dos assuntos mais polêmicos é a questão das emendas Pix. Inclusive, o relator do orçamento de 2025, o senador Ângelo Coronel, disse que enquanto não resolver esse problema, também não será votado o orçamento. Esse toma lá da cá, não é prejudicial ao país?

EG: Bom, o importante é que a gente aperfeiçoe o sistema, garanta as prerrogativas do parlamentar, do Poder Judiciário e do Poder Executivo. E, para isso, estou muito satisfeito porque acompanhei hoje uma fala do presidente Davi Alcolumbre dizendo que ainda no dia de amanhã (04/02) fará um encontro entre os dois presidentes das casas e o Supremo Tribunal Federal para tirar todas as dúvidas e caminhar.

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