Amazonense é selecionada pela Warner Bros para programa de cineastas no Brasil

A amazonense Aline Fidelix é uma das 10 selecionadas para participar do Black Brazil Unspoken – Narrativas Negras Não Contadas, iniciativa da Warner Bros. Discovery por meio da plataforma WBD Access, em parceria com a WIP Ventures.

O programa tem o objetivo de capacitar e impulsionar cineastas negros no segmento de curtas-documentários não roteirizados. Além disso, oferece um ciclo intensivo de formação, mentorias e a possibilidade de produção dos projetos desenvolvidos.  

Na primeira etapa, a fotógrafa participará de um processo de formação durante dois meses, onde vai participar encontros virtuais e presencial no Pitch Day, evento de inovação em São Paulo. Além disso, a amazonense deve apresentar seu projeto para um banca especializada na capital paulista.

Na segunda fase, três produtores serão selecionados para a fase de produção, os curtas desenvolvidos por eles serão produzidos com a supervisão da Warner Bros. Discovery e uma produtora parceira. Por fim, o programa deve finalizar em outubro de 2025, com a entrega dos filmes.

“Fazer cinema na Amazônia, especialmente enquanto uma mulher preta e mãe, é um desafio enorme. Participar do Black Brazil Unspoken representa um reconhecimento do meu trabalho e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de ampliar o alcance de histórias que precisam ser contadas. Estar nesse espaço de troca com outros cineastas negros reforça a importância de ocuparmos mais espaços na indústria audiovisual, e este programa é um passo fundamental nesse caminho.” Aline Fidelix, fotógrafa.

Documentário “Mães da Amazônia”

Aline Fidelix apresentou o documentário “Mães da Amazônia”, que mergulha na vida de mulheres que desafiam estereótipos ao conciliar maternidade e empreendedorismo em um dos ecossistemas mais complexos do mundo: a Amazônia brasileira.

A obra não apenas retrata a sobrecarga materna, mas celebra a resistência cultural e a autonomia financeira dessas mães, que transformam desafios logísticos e sociais em oportunidades únicas.

“Ser mãe, negra e cineasta na Amazônia me faz enxergar de perto as barreiras que muitas mulheres enfrentam. O desafio vai além do empreendedorismo: é lidar com isolamento, falta de acesso a recursos e preconceitos estruturais. Com este documentário, quero dar visibilidade às histórias dessas mães e ampliar o debate sobre maternidade, autonomia e trabalho na região”, afirma Aline, mãe de duas crianças – uma de dois anos e outra de seis.  

*Com informações do site CineSet

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