Crise ambiental: número de focos de incêndio dispara no Acre; veja porcentagem

O ano de 2025 registra um aumento significativo nos focos de incêndio no Acre. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, em janeiro, o estado contabilizou 35 focos de incêndio, um crescimento de 337,5% em relação aos 8 registros do mesmo período em 2024.

Ademais, o aumento expressivo acende um alerta sobre os impactos ambientais e na saúde pública decorrentes da intensificação das queimadas na região.

Os focos de incêndio foram encontrados apenas no Acre?

Além do Acre, outros estados brasileiros também registraram aumento dos focos de incêndio. Em Minas Gerais, os focos passaram de 65, em 2024, para 115 em 2025.

Na Paraíba, o número subiu de 48 para 98. Pernambuco registrou 135 focos, frente aos 85 do ano anterior. O Rio Grande do Norte contabilizou 51 focos, ante 40 em 2024.

No Rio Grande do Sul, o salto foi de 21 para 75, enquanto Santa Catarina registrou 75 focos em 2025, em comparação com 26 no ano anterior. Sergipe também apresentou aumento, com 47 registros em 2025, frente aos 19 de 2024.

Por que os incêndios estão aumentando?

Especialistas alertam que o aumento dos focos de incêndio está diretamente relacionado a fatores climáticos. Entre eles, destacam-se os períodos prolongados de estiagem.

Também está relacionado a práticas humanas, como o desmatamento e o uso do fogo para manejo de áreas agrícolas.

Esses incêndios geram não apenas a devastação da vegetação nativa, mas também impactos na fauna e na qualidade do ar.

Como a fumaça dos incêndios afeta a saúde das pessoas?

Em 23 de setembro de 2024, a plataforma internacional IQAir, que monitora a qualidade do ar, apontou que a concentração de material particulado fino (PM 2,5) atingiu 605 microgramas por metro cúbico (µg/m³) em algumas regiões afetadas.

O índice superou em 40 vezes o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15 µg/m³.

Por fim, esse nível de poluição representa riscos significativos para a saúde, aumentando a incidência de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente em grupos vulneráveis, como crianças e idosos.

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