Haddad: safra recorde, salário mínimo e dólar podem ajudar a reduzir preço dos alimentos

Haddad: safra recorde, salário mínimo e dólar podem ajudar a reduzir preço dos alimentos

A safra recorde prevista para 2025, a valorização do salário mínimo e a estabilização do dólar devem ajudar na redução dos preços dos alimentos e no aumento do poder de compra dos brasileiros.

É o que afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta sexta-feira (7), em entrevista à Rádio Cidade de Caruaru.

“O Plano Safra do ano passado foi o maior da história e a partir de março vamos começar a colher a safra, que vai ser recorde. Vamos colher como nunca colhemos alimentos e também grãos. Tem o ciclo do boi também que está no final e isso vai ajudar a normalizar essa situação”, explicou o ministro.

O Governo e o mercado do agro preveem safra de 322, 47 milhões de toneladas a serem produzidas no Brasil em 2025.

Haddad ainda apontou a recuperação dos salários como outra medida acertada para enfrentar o quadro.

“Depois de sete anos o presidente Lula retomou a política de valorização do salário mínimo. Aumentar o salário-mínimo é uma das formas de garantir que o trabalhador mantenha seu poder de compra”, disse.

Valorização do dólar

Além disso, o ministro da Fazenda destacou que a valorização do dólar em todo o mundo pode colaborar para a redução do preço dos alimentos no médio prazo.

“A eleição do Donald Trump fez com que o dólar se valorizasse no mundo inteiro, as moedas perderam valor. Agora, se você acompanha o que está acontecendo, o dólar esta perdendo força, chegou a R$ 6,30 no ano passado e hoje está na casa dos R$ 5,70 e poucos”.

Segundo Haddad, as medidas do Governo Federal para manter a moeda em um patamar mais adequado, como as intervenções do Banco Central no câmbio também vão gerar um impacto positivo nos preços nas próximas semanas.

Propostas econômicas

As propostas econômicas em tramitação do governo Luiz Inácio Lula da Silva também foram citadas por Haddad como favoráveis para o enfrentamento da crise dos alimentos.

A aprovação da reforma tributária vai isentar os produtos da cesta básica do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um imposto estadual, e a correção da tabela do Imposto de Renda.

“O presidente Lula corrigiu a tabela do imposto de renda que também estava congelada havia sete anos. E agora quer ampliar a faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, justamente para que a famílias possam enfrentar o custo de vida, sobretudo a questão da cesta básica”, comentou.

Na entrevista, Haddad atribuiu à crise vivida pelo país às conjunturas ambientais e políticas, como a seca, as enchentes do rio Grande do Sul e a eleição do presidente Trump.

Alta dos alimentos

O ano de 2025 começou com uma elevação da inflação, puxada por setores como os combustíveis e os alimentos.

Segundo a Copom, a alta dos alimentos foi motivada por fatores como a estiagem do ano passado e a elevação de preços de carnes.

Desde então, o governo federal tem realizado reuniões para discutir o tema e definir medidas para conter a crise dos alimentos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a sugerir que os brasileiros evitem comprar produtos que estejam muito caros para conter a alta de preços dos alimentos.

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