Cai o número de endividados no Brasil, aponta nova pesquisa

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O número de endividados no Brasil apresentou uma leve queda em janeiro de 2025, mas a alta pressão sobre o orçamento continua preocupando os especialistas.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas caiu para 76,1%, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro de 2024 e de 2 pontos percentuais se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Apesar dessa leve melhora, os dados revelam que as dívidas continuam comprometendo uma parte significativa da renda das famílias brasileiras.

Principais dados da pesquisa de endividamento e inadimplência

  • 76,1% das famílias estão endividadas, uma queda de 0,6 p.p. em relação ao mês anterior.
  • 20,8% das famílias destinam mais da metade de sua renda ao pagamento de dívidas, o maior índice desde maio de 2024.
  • Percepção de endividamento: 15,9% dos brasileiros se consideram “muito endividados”, uma alta de 0,5 p.p. em relação a dezembro de 2024.
  • Redução na inadimplência: 29,1% das famílias estão com dívidas em atraso, uma pequena queda frente aos 29,3% de dezembro de 2024.
  • Menos famílias com dívidas impagas: O número de famílias incapazes de quitar seus débitos caiu de 13% para 12,7%.

Desafios continuam

A pesquisa também mostra que, apesar dos dados mostraremn uma leve redução no número de endividados, a situação das finanças das famílias ainda é preocupante.

A percepção de sobrecarga financeira tem aumentado, com muitos brasileiros considerando-se excessivamente endividados. A alta dos juros e a seletividade do crédito são apontados como fatores que, embora reduzam o número de novos endividamentos, fazem com que o comprometimento da renda aumente.

A pesquisa também mostrou as diferenças no endividamento por faixa de renda. Embora tenha ocorrido uma redução no endividamento das famílias com rendas mais altas, as famílias de menor renda continuam sendo as mais impactadas.

Confira os números:

  • Famílias com mais de 10 salários mínimos: o endividamento caiu 0,8 p.p., atingindo 65,3%.
  • Famílias com até 3 salários mínimos: o endividamento subiu 0,3 p.p., chegando a 79,5%.
  • Faixas de renda intermediárias: mostraram uma leve melhoria na redução da inadimplência, mas o processo de recuperação é lento.

O cartão de crédito continua sendo a principal forma de dívida para os brasileiros. Em janeiro, 83,9% dos endividados usaram o cartão como principal modalidade de crédito. No entanto, os números de crédito pessoal e carnês também mostram crescimento:

  • Cartão de Crédito: 83,9% dos endividados.
  • Crédito Pessoal: Aumento de 1,3 p.p., atingindo 10,9%.
  • Carnês: Crescimento de 0,6 p.p., com 16,8% dos devedores utilizando essa modalidade.

Expectativas para 2025

Apesar da queda no número de endividados, a CNC alerta que a situação pode piorar ao longo de 2025, com os índices de endividamento e inadimplência voltando a crescer. A previsão é de que:

  • 77,5% das famílias estejam endividadas até o final de 2025.
  • 29,8% dos brasileiros estejam inadimplentes até o fim do próximo ano.

Como controlar as finanças?

Com o aumento do endividamento no Brasil, é essencial que as famílias adotem estratégias eficazes para o controle das finanças pessoais. Algumas dicas importantes da pesquisa incluem:

  • Revisão constante do orçamento: planeje seus gastos e evite comprometer mais de 30% da sua renda com dívidas.
  • Evite novos empréstimos: se possível, evite recorrer a mais crédito, especialmente com taxas de juros altas.
  • Ajuste seu perfil de consumo: priorize necessidades básicas e busque alternativas de economia no seu dia a dia.

Com informações do CNC.

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