CPRH vai pedir ‘medidas complementares’ para indígenas afetados por parques eólicos em Pernambuco


Indígenas Kapinawá e agricultores acampam desde a segunda (17) na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). CPRH vai pedir ‘medidas complementares’ para indígenas que moram em locais onde parques eólicos foram instalados
O diretor-presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), José Anchieta dos Santos, falou sobre as reivindicações de indígenas da etnia Kapinawá e agricultores que acamparam desde segunda-feira (17) na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), no bairro das Graças, na Zona Norte do Recife (veja vídeo acima).
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Os manifestantes pedem a remoção de torres de geração de energia eólica que estão instaladas em municípios do Agreste do estado.
Anchieta disse que antes de emitir os relatórios sobre a instalação das usinas eólicas, a CPRH foi às comunidades cerca de cinco vezes para ouvir as contribuições das comunidades sobre o assunto.
“Isso está num relatório que estamos analisando e nos próximos dias vamos emitir um relatório de solicitação de medidas complementares. A CPRH está aberta, a hora que eles precisarem; só é pedir uma agenda e a gente conversa. Aqui ou na própria comunidade. Se precisar, vamos nas comunidades conversar com a população e ouvir deles quais são os seus problemas e encontrar soluções em conjunto com eles”, disse o presidente da agência ambiental.
Desde o fim da manhã de segunda, agricultores e indígenas estão acampados Adepe. Com colchões, mochilas e cartazes, o grupo ocupou primeiro a recepção da sede da agência e, em seguida, foram para outras salas da instituição.
As queixas são de que os equipamentos causam grande impacto às comunidades, incluindo perda de territórios, remoções forçadas de famílias, contratos abusivos e danos ambientais e à saúde das famílias indígenas que vivem na região.
O grupo pediu providências às instituições estaduais e federais. Na tarde de segunda, uma comissão dos acampados se reuniu com representantes do governo de Pernambuco.
A mobilização conta com apoio de estudantes universitários da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade de Pernambuco (UPE) e de organizações sociais.
Indígenas Kapinawá no prédio da Adepe, na Zona Norte do Recife
Reprodução/TV Globo
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