Jovem de 20 anos diagnosticado com câncer terminal após médicos ignorarem sinais de alerta, classificando-os como “dores do crescimento”

Homem, 20 anos, diagnosticado com câncer terminal após médicos ignorarem sinais de alerta, classificando-os como "dores do crescimento"

Graeme Porter, um estudante de direito de 20 anos da Universidade de Edimburgo, na Escócia, tinha planos ambiciosos: mudar-se para os Estados Unidos para “viver um sonho”. Mas sua vida mudou radicalmente quando dores misteriosas e fadiga intensa surgiram, sintomas inicialmente ignorados por médicos, que os atribuíram a “dores do crescimento”. O que parecia um problema comum escondia um diagnóstico devastador: um câncer raro e agressivo.

Tudo começou em 2023, quando Graeme, então com 19 anos, começou a sentir dores lombares persistentes e um cansaço que não melhorava. Em pouco mais de um mês, ele perdeu 25 quilos sem explicação. Apesar de procurar ajuda médica várias vezes, seus relatos foram subestimados. Em uma visita ao pronto-socorro, ele alertou sobre possíveis vestígios de sangue no vômito e dores insuportáveis, mas os exames focaram apenas no tórax, onde não havia nada. “Disseram que era coágulo sanguíneo, cálculo renal, infecção urinária… até ‘dores do crescimento’”, contou Graeme em entrevista.

Ele recebeu o diagnóstico devastador quando tinha apenas 19 anos (GoFundMe)

Ele recebeu o diagnóstico devastador quando tinha apenas 19 anos (GoFundMe)

Em junho de 2023, uma biópsia revelou a verdade: um tumor de 10 centímetros na região lombar, identificado como sarcoma de Ewing, um câncer raro que afeta ossos e tecidos próximos, comum em jovens entre 10 e 20 anos. O diagnóstico veio tarde demais. Graeme iniciou imediatamente 14 ciclos de quimioterapia intensa, seis semanas de radioterapia e enfrentou duas infecções generalizadas (sepse). Em fevereiro de 2024, ele chegou a tocar o sino que simboliza a remissão, celebrando a vitória temporária.

Porém, em outubro de 2024, um mês após retomar os estudos, exames mostraram que o câncer havia se espalhado para os pulmões. Agora, em tratamento paliativo, Graeme faz quimioterapia para retardar o avanço da doença, sem saber quanto tempo lhe resta. “Olhando para trás, é fácil dizer que houve erros”, refletiu. “Mas como o câncer em jovens é raro, especialmente em cidades pequenas, acho que não deveria ser a primeira suspeita. Mas precisaria ser considerada, mesmo que só para descartar.”

O jovem posta sobre seu diagnóstico de câncer no TikTok (graemeporter25/TikTok)

O jovem posta sobre seu diagnóstico de câncer no TikTok (graemeporter25/TikTok)

Determinado a transformar sua história em alerta, Graeme usa o TikTok para compartilhar sua jornada e incentivar outros a não subestimarem sintomas. “Procurem ajuda, não importa quão pequenos os sinais pareçam”, reforça. Sua coragem inspirou amigos como Lila Beresford, que organizou uma vaquinha online para ajudá-lo a realizar um último desejo: conhecer a Austrália. “Graeme quer viver cada dia com gratidão. Seu sonho é viajar para lá, mas os custos de seguro de saúde são altos. Qualquer doação fará diferença”, explica a campanha.

Ele entrou em remissão - mas o câncer voltou meses depois (graemeporter25/TikTok)

Ele entrou em remissão – mas o câncer voltou meses depois (graemeporter25/TikTok)

O sarcoma de Ewing afeta cerca de 1 a 3 pessoas em cada milhão, segundo especialistas, e seu diagnóstico precoce é crucial. A história de Graeme expõe desafios no reconhecimento de cânceres em jovens, muitas vezes confundidos com doenças comuns. Enquanto luta contra o tempo, o estudante segue documentando sua rotina, mostrando que a conscientização pode salvar vidas — e que, mesmo na adversidade, é possível encontrar propósito.

Para apoiar Graeme em sua jornada, a vaquinha continua aberta, com detalhes disponíveis em suas redes sociais. Sua mensagem permanece clara: escute seu corpo e insista por respostas. Às vezes, até nas histórias mais difíceis, há espaço para esperança e ação.

Esse Jovem de 20 anos diagnosticado com câncer terminal após médicos ignorarem sinais de alerta, classificando-os como “dores do crescimento” foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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