Homem que atirou no rosto da tia tinha discutido sobre imóvel; ele responde em liberdade

Foi uma discussão sobre a documentação de um imóvel que terminou em tragédia na noite de domingo (23), em Rio Branco, no Acre. Iranilson Monteiro de Almeida, de 40 anos, atirou contra o rosto da própria tia, Márcia Monteiro de Almeida, de 46 anos, deixando-a em estado grave.

O crime aconteceu na Rua Juricaba, no bairro João Paulo II, região da Baixada da Sobral.

A vítima foi socorrida e levada ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O projétil atingiu seu olho esquerdo e saiu pela lateral direita da cabeça.

O que antecedeu o disparo

De acordo com o depoimento de Iranilson, ele estava na casa da tia desde o meio-dia ingerindo bebidas alcoólicas.

Ele relatou que a discussão sobre a documentação do imóvel durou poucos minutos e não envolveu agressões verbais. No entanto, admitiu estar extremamente embriagado e acredita que o tiro pode ter ocorrido nesse momento.

Iranilson afirmou ainda ter um bom relacionamento com a vítima e não se lembrar do momento exato em que disparou a arma.

A polícia confirmou que a arma usada no crime pertence ao suspeito, mas ele não possui porte de arma.

Durante a tarde, Iranilson foi até sua residência, pegou a pistola calibre .380 e retornou para a casa da tia. No entanto, ele alegou que não tinha intenção de cometer um crime e que apenas queria exibir a arma.

Disparo acidental ou intencional?

No depoimento à polícia, o suspeito afirmou que o tiro foi acidental e que não pretendia atingir a tia. Segundo ele, ao manusear a arma, esqueceu de remover a munição da câmara, o que teria causado o disparo involuntário.

Após o ocorrido, Iranilson fugiu para sua casa, deixando a arma no chão. A polícia foi até o local e foi recebida pela esposa do suspeito, que autorizou a entrada. Os agentes encontraram Iranilson deitado no chão da parte externa da residência, assim, ele não resistiu à prisão.

Responde em liberdade

Na segunda-feira (24), o homem passou por audiência de custódia e foi liberado para responder ao processo em liberdade, com a imposição de medidas cautelares, incluindo:

• Monitoramento eletrônico
• Proibição de contato com a vítima e seus familiares
• Proibição do uso de armas de fogo
• Recolhimento domiciliar no período noturno e em dias de folga
• Obrigação de informar seus horários de trabalho às autoridades

Na decisão, o juiz Robson Ribeiro Aleixo considerou que Iranilson tem bons antecedentes, residência fixa e filhos que dependem dele para ir à escola, fatores que contribuíram para a concessão da liberdade provisória.

Estado de saúde da tia

Márcia Monteiro de Almeida está internada na UTI em estado grave.

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