7 hábitos cotidianos que atrapalham o seu sono e você não sabia

Uma boa noite de descanso é fundamental para a saúde e o bem-estar, mas muitas vezes enfrentamos dificuldades para relaxar sem saber o motivo. Surpreendentemente, diversos hábitos cotidianos que adotamos sem perceber podem estar atrapalhando o nosso sono.

Desde pequenas escolhas diárias até práticas costumeiras, esses comportamentos podem influenciar o sono e afetar a qualidade do descanso noturno. Para quem deseja noites mais tranquilas, identificar esses fatores é essencial para restaurar o equilíbrio do corpo e da mente. Confira a seguir quais práticas são essas.

Conheça os 7 vilões que estão atrapalhando o seu sono

1 – Cochilos durante o dia

Cochilar ao longo do dia pode oferecer benefícios, como aumento da concentração, alívio do estresse e melhoria da disposição. No entanto, a duração e o momento do cochilo são fatores determinantes para que ele não interfira negativamente no sono noturno.

Mulher idosa pacífica dormindo de manhã ou à tarde, descansando na cama, cobrindo os olhos com as mãos da luz do dia. Senhora de idade deitada no quarto, sofrendo de dor de cabeça, enxaqueca, insônia. Vista de cima.
Ambiente inadequado com excesso de iluminação e ruídos podem atrapalhar o sono/Shutterstock_fizkes

Pesquisas indicam que cochilos longos (mais de 30 minutos) podem impactar negativamente o sono noturno, especialmente quando realizados após as 15h. Eles levam ao sono profundo, dificultam o despertar e fragmentam o sono noturno.

Além disso, podem causar inércia do sono, gerando desorientação e cansaço ao acordar, comprometendo a produtividade. Estudos também associam cochilos prolongados a problemas metabólicos, como diabetes tipo 2, inflamações e problemas cardiovasculares. (NHLBI e JAMA Network)

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2 – A falta de exposição solar

A exposição à luz pela manhã é realmente uma prática recomendada para melhorar o sono e reprogramar o ritmo circadiano. Estudos mostram que a luz natural, especialmente nas primeiras horas do dia, ajuda a sincronizar o relógio biológico, promovendo um ciclo saudável de sono e vigília.

Isso ocorre porque a luz suprime a produção de melatonina, o hormônio do sono, e estimula a liberação de cortisol, que nos mantém alertas e energizados.

Por outro lado, a exposição à luz azul, emitida por dispositivos como celulares, computadores e televisores, durante a noite interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono. Esse atraso na liberação de melatonina pode dificultar o adormecer e comprometer a qualidade do sono.

3 – Dormir novamente após o despertador tocar

Conseguir um boa noite de sono pode estar diretamente relacionado às primeiras ações realizadas pela manhã. Quando você aperta o botão soneca, inicia um novo ciclo de sono que não será concluído em poucos minutos, resultando em fragmentação do descanso.

Mulher asiática com problemas de saúde mental pensando demais, conceito de problema de sono.
Sono fragmentado pela manhã pode prejudicar o sono noturno/Shutterstock_Doucefleur

Segundo Robert S. Rosenberg, diretor médico do Centro de Distúrbios do Sono de Prescott Valley e Flagstaff, essa prática pode causar sensação de cansaço ao longo do dia e desregular o relógio biológico, impactando negativamente o sono noturno.

4 – Ingerir refrigerantes e bebidas com cafeína

Um estudo realizado com 18.779 adultos revelou que indivíduos que dormiam cinco horas ou menos por noite consumiam, em média, 21% mais açúcar e bebidas com cafeína em comparação àqueles que dormiam entre sete e oito horas.

A pesquisa não esclareceu se o consumo maior de açúcar e cafeína leva a menos horas de sono ou se a falta de sono aumenta o consumo desses itens. No entanto, ambos os hábitos estão ligados a impactos negativos na saúde, conforme destacou Aric A. Prather, professor assistente de psiquiatria na Universidade da Califórnia – San Francisco.

5 – Praticar exercícios à noite

Pesquisas apontam que exercícios intensos realizados à noite podem dificultar o sono devido à estimulação do sistema nervoso e ao aumento das endorfinas, que mantêm o corpo em alerta.

Uma revisão publicada na Revista Brasileira de Medicina do Esporte sugere que atividades físicas extenuantes próximas ao horário de dormir podem interferir no ciclo sono-vigília, dificultando o relaxamento necessário para adormecer.

Por outro lado, a intensidade e o tipo de exercício são fatores importantes. Enquanto atividades intensas podem prejudicar o sono, práticas mais leves, como alongamentos ou ioga, podem até melhorar a qualidade do descanso. Adaptar a rotina de exercícios ao horário certo pode ajudar a evitar esses efeitos negativos.

6 – Alimentação inadequada

O Instituto de Otorrinolaringologia e Medicina do Sono (INOF) destaca que a dieta desempenha um papel crucial na regulação do sono. Um estudo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine sugere que a ingestão de nutrientes específicos pode influenciar diretamente a capacidade de adormecer e a qualidade do sono.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oxford indica que dietas ricas em triptofano têm o potencial de melhorar a qualidade do sono, além de contribuir para a regulação do ciclo sono-vigília. Por outro lado, especialistas afirmam que alimentos processados e açucarados causam picos de glicose no sangue, seguidos por quedas que levam a despertar noturno.

7 – Ambiente não propício ao sono

O ambiente inadequado para o sono pode ter impactos significativos na qualidade do descanso e na saúde geral, como apontam diversos estudos. Por exemplo, uma revisão publicada na Revista Brasileira de Medicina do Esporte destaca que fatores como ruído, iluminação excessiva e temperatura inadequada podem interferir no ciclo sono-vigília, dificultando o adormecer e reduzindo a profundidade do sono.

Um estudo publicado na Revista de Saúde Pública analisou dados de 1.998 indivíduos e identificou que fatores como iluminação inadequada, ruídos e temperatura extrema estão associados a dificuldades para iniciar e manter o sono. Além disso, pessoas que relataram insatisfação com o ambiente de sono apresentaram maior prevalência de sono autoavaliado como ruim.

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