Ericsson reporta alta de 61% no lucro do primeiro trimestre, aposta em redes programáveis e 5G privado

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A Ericsson divulgou nesta terça-feira, 15 de abril, os resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, com alta de 61% no lucro líquido em relação ao mesmo período de 2024. O número foi de SEK 4,2 bilhões, equivalente a US$ 425 milhões ou R$ 2,5 bilhões. A receita líquida foi de SEK 55 bilhões (US$ 5,57 bilhões / R$ 32,8 bilhões), com estabilidade nas vendas.

O desempenho foi impulsionado pela recuperação da demanda na América do Norte, onde as vendas cresceram 20%. Esse resultado compensou quedas em mercados como Europa, América Latina, Oriente Médio e África. A empresa informou que a demanda global segue pressionada por incertezas macroeconômicas e instabilidades no investimento de operadoras em algumas regiões.​

Redes móveis lideram receita com 5G avançado

A unidade de Mobile Networks representou o maior volume de vendas da Ericsson no trimestre. O segmento apresentou crescimento de 6%, sustentado por entregas de contratos nos Estados Unidos e pelo avanço da tecnologia 5G Advanced. Segundo a companhia, o portfólio de redes programáveis segue em expansão, com novas funcionalidades lançadas para operadoras em múltiplas geografias.​

Já a unidade de Cloud Software and Services teve queda de 1% nas vendas, apesar de progressos operacionais na Índia. A Ericsson mantém programas de simplificação e foco em contratos de maior margem nesse segmento.​

Enterprise avança em redes privadas e APIs

A divisão Enterprise teve retração de 1% nas vendas, impactada por reestruturações na área de comunicações globais. Por outro lado, a receita de Wireless Enterprise, que inclui redes privadas 4G e 5G, cresceu 20%. Um dos principais projetos foi a implementação de rede privada para a Jaguar Land Rover, no Reino Unido.​

A Ericsson também destacou parcerias com operadoras nos Estados Unidos para o lançamento de APIs de rede voltadas à prevenção de fraudes e verificação de identidade. A expectativa da empresa é que esses serviços gerem novas fontes de receita e abram espaço para modelos de rede como serviço (NaaS).​

Redução de custos e reorganização

A empresa informou que o programa global de redução de despesas segue em execução. Até o final de 2024, já haviam sido cortados SEK 5 bilhões (US$ 507 milhões / R$ 2,98 bilhões) em custos fixos. A meta é otimizar estruturas locais e concentrar atividades em regiões de maior retorno. Entre as ações em andamento, está a reorganização de operações em países da Ásia e Europa.​

A Ericsson evitou projeções detalhadas para o segundo trimestre, citando incertezas regulatórias e riscos tarifários em alguns mercados. Ainda assim, a companhia reitera a estratégia de crescimento com base na expansão do 5G, no aumento da adoção de APIs abertas e na consolidação de redes privadas no segmento corporativo.

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