Um ato de bravura e a conscientização adquirida em uma palestra escolar culminaram na prisão em flagrante de um homem de 61 anos em Barcelos, no interior do Amazonas. Ele é acusado de estupro de vulnerável contra o próprio afilhado, uma criança de apenas 10 anos. A prisão, efetuada na segunda-feira (14/04) pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) por meio da 75ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Barcelos, com o apoio do Conselho Tutelar do município, demonstra a importância da informação na proteção de crianças e adolescentes.
De acordo com o delegado Marcos Antônio Ramos, titular da 75ª DIP, as investigações tiveram início após a própria vítima comparecer sozinha à delegacia para relatar os abusos sexuais praticados pelo padrinho. O delegado destacou a coragem do menino ao buscar ajuda: “O caso nos chamou atenção pela bravura da vítima, em comparecer à delegacia sozinha para denunciar o autor. A criança contou que, antes de ir até a delegacia, tinha acabado de ser abusada sexualmente pelo padrinho. Ela contou, também, que o crime tinha ocorrido outras vezes”.
Um fator crucial para a denúncia foi a participação da vítima em uma palestra sobre crimes sexuais contra crianças e adolescentes, promovida pelo Conselho Tutelar do município em sua escola. Segundo o delegado Marcos Antônio Ramos, foi essa palestra que encorajou o menino a denunciar o agressor após o último abuso: “Segundo o delegado, a vítima contou, ainda, que no dia também tinha participado de uma palestra na escola, realizada pelo Conselho Tutelar do município, sobre crimes sexuais contra crianças e adolescente, o que o encorajou a denunciar o autor depois do último abuso sexual”.
A Polícia Civil agiu com rapidez após receber o relato da vítima. “Depois que a equipe policial acolheu a vítima e o seu relato, prontamente agiu com celeridade, localizando o suspeito em sua residência e efetuando a prisão dele”, informou o delegado.
Em depoimento, a avó da criança, com quem ela reside, afirmou desconhecer os abusos. O delegado Marcos Antônio Ramos ressaltou a importância da prisão preventiva do acusado, considerando sua profissão: “Depois da prisão em flagrante, foi representada pela prisão preventiva do autor, uma vez que ele é professor e tem contato direto com o público infantojuvenil”.
O investigado foi encaminhado para a audiência de custódia, onde a Justiça acatou o pedido da Polícia Civil e converteu a prisão em flagrante em preventiva. O homem responderá judicialmente pelo crime de estupro de vulnerável e permanece à disposição da Justiça.
Do Ver-o-Fato, com informações do www.policiacivil.am.gov.br
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