Enquanto mantém o discurso de negação sobre possibilidade de concorrer ao governo ou não em 2026.
Olha, se você piscou, perdeu! O feriado da Semana Santa foi agitado, principalmente no interior do Amazonas. E quem roubou a cena dessa vez foi o vice-governador Tadeu de Souza. Ele, que sempre foi um nome mais dos bastidores, agora aparece cada vez mais no centro das atenções.
Parintins, a terra dos bois, que já vive o clima do Festival, recebeu Tadeu em uma agenda que começou com os 100 dias de gestão do prefeito Mateus Assayag, passou pelas ações de Páscoa da prefeitura e terminou no curral do Caprichoso, no lançamento do álbum do boi. Só que o que realmente chama atenção é o movimento silencioso, e ao mesmo tempo bem visível, do vice-governador.
O vice-governador foi recepcionado no aeroporto Júlio Belém por um grupo expressivo de lideranças locais: o prefeito Mateus Assayag, o ex-prefeito Bi Garcia, a deputada estadual Mayra Dias e o diretor-presidente do Boi Caprichoso, Jender Lobato, além de outras autoridades políticas do município.
O que chama atenção nessa movimentação é que Tadeu de Souza, conhecido por atuar discretamente nos bastidores, tem surgido cada vez mais em evidência, à frente das câmeras e em eventos públicos. Recentemente, ele foi flagrado até mesmo participando de uma corrida de rua, sinalizando um comportamento que foge ao perfil reservado que sempre o caracterizou.
Apesar de negar publicamente qualquer intenção de disputar o governo do Amazonas, fontes de bastidores garantem que o vice-governador tem mantido conversas frequentes com lideranças de outras legendas, construindo pontes políticas e ampliando suas articulações.
Não é a primeira vez que se especula sobre uma possível mudança partidária de Tadeu. Entre 2023 e 2024, ele chegou a ser sondado para ingressar no PSB, partido que hoje abriga o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e que no Amazonas tem como figura de destaque o ex-deputado Serafim Corrêa.
Hoje filiado ao Avante, sigla comandada no estado por David Almeida, prefeito de Manaus e padrinho político de Tadeu, o vice-governador carrega a chancela de ter sido indicado pessoalmente por David para compor a chapa vitoriosa de 2022. Diante disso, não há como ignorar seus passos, principalmente em um cenário no qual a renúncia de Wilson Lima para disputar o Senado em 2026 abriria espaço para que Tadeu assumisse o governo interinamente, por um período de até oito meses. Tempo suficiente para fortalecer sua imagem e, quem sabe, decidir entrar de vez no jogo sucessório.
O movimento de Tadeu no interior, especialmente em Parintins, um dos colégios eleitorais mais estratégicos do Amazonas, reforça a percepção de que, mesmo negando, ele mantém a porta entreaberta para o futuro.
Resta saber se ele vai de fato entrar em campo. Mas uma coisa é certa: o meio político já enxerga Tadeu como uma possibilidade real, e ninguém nesse ambiente vai passar batido diante de seus próximos passos.
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