Surf Telecom ingressa na GSMA

Yon Moreira, CEO da Surf Telecom

A operadora móvel Surf Telecom ingressou no quadro de associados da GSMA, a entidade representativa das empresas celulares no mundo todo. Com isso, a tele passa a ter voz ativa nas deliberações globais da associação e a contribuir com a pauta setorial para além das fronteiras brasileiras.

“Entre os benefícios, temos direito a voto na GSMA, inclusive, na definição das diretorias executivas e dos comitês. Temos direito a 10 votos, o que não é pouco. Também nos permite agir em pautas setoriais com representantes nos comitês, levando só não a pauta de operadoras de menor porte como a nossa, mas também com pautas regulatórias para o Brasil”, observa o fundador da empresa, Yon Moreira.

A Surf Telecom explora a telefonia móvel em São Paulo com rede própria e opera como MVNO em todo o Brasil utilizando infraestrutura da TIM. Trabalha o modelo de habilitadora de outras operações virtuais móveis: sob seu chapéu, por exemplo, estão Correios Celular e Tá Telecom.

A empresa atualmente briga com a Algar Telecom pela quarta colocação entre as operadoras móveis do Brasil em acessos humanos – ou seja, sem considerar IoT/M2M. Neste ano, até fevereiro, ficou atrás apenas da Claro em quantidade de novos assinantes, conforme dados da Anatel e da consultoria Teleco. A entrada na GSMA também é vista com um passo para elevar o prestígio da Surf no exterior – a empresa tinha plano de internacionalização até enfrentar disputas com sócio minoritário.

“Outro ponto importante é acesso a um banco de dados técnico, regulatório, comercial, para que a gente possa ter acesso aos melhores benchmarks e parâmetros de operações internacionais, quer seja de churn, quer seja de qualidade de rede, de serviços e na troca de experiências com outras operadoras no mundo inteiro”, acrescenta Yon.

Entre as bandeiras que a empresa leva para a GSMA estão a destinação de mais espectro médio para o setor móvel e a adoção de um modelo regulatório que preveja compensação ao consumidor via vouchers.

“Até na economia mais poderosa do mundo, EUA, tem um programa chamado ACP: affordable connectivity program que dá dinheiro direto ao cidadão que se qualifique para comprar de qual operadora quiser. A Anatel, em vez de TAC, poderia mandar as operadoras darem crédito em forma de voucher para estudantes ou programas sociais”, sugere Moreira.

Outras operadoras brasileiras presentes na GSMA são Claro (América Móvil), TIM (Grupo TIM / Telecom Italia) e Vivo (Telefónica).

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