A onça suspeita de atacar e devorar o caseiro Jorge Ávalos, de 60 anos, foi capturada na madrugada desta quinta-feira (25) no Pantanal sul-mato-grossense. Mas o que vai acontecer com o animal?
O felino, um macho de 94 kg, foi localizado pela Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul enquanto rondava uma área de mata.
O animal foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, onde passará por exames. O local será isolado, e a entrada de pessoas não autorizadas está proibida, segundo o órgão ambiental.
Ataque predatório e reação da comunidade científica
Segundo biólogos, o ataque foi predatório — ou seja, a vítima foi morta para servir de alimento. Restos mortais de Jorge foram encontrados perto de uma toca da onça, na região de Aquidauana, próximo ao pesqueiro onde ele trabalhava.
O que vai acontecer com a onça que atacou o caseiro?
Nos bastidores, especialistas discutem qual será o destino do felino. Duas possibilidades estão em análise:
- Transferência para uma área silvestre isolada, longe de presença humana;
- Encaminhamento ao Instituto Onça Pintada, em Goiás.
Essa última opção, porém, enfrenta resistência entre ambientalistas. Para muitos conservacionistas, não seria justo manter o animal em cativeiro, ainda que em grandes recintos, por se tratar de um exemplar que viveu livre na natureza.
O caso
Jorge Ávalos foi atacado em 22 de abril, nas margens do Rio Miranda, em Aquidauana (MS). Ele era caseiro de um pesqueiro conhecido como Touro Morto. Familiares, pescadores e policiais encontraram partes do corpo da vítima nas proximidades da toca da onça.
Após a confirmação da morte, equipes de busca foram acionadas, com apoio de biólogos da UFMS e guias locais. A captura do animal encerra, por ora, a fase emergencial da operação.
*Com informações do UOL.
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