Por que o asteroide que “poderia tornar todos na Terra bilionários” vale $ 10.000.000.000.000.000.000?

Por que o asteroide que "poderia tornar todos na Terra bilionários" vale $ 10.000.000.000.000.000.000?

Você já imaginou um asteroide tão valioso que poderia transformar cada habitante da Terra em bilionário? Esse é o caso do 16 Psyche, um gigante espacial que vem chamando a atenção de cientistas e entusiastas da astronomia. Localizado entre Marte e Júpiter, ele não é apenas um dos maiores asteroides conhecidos, com 280 quilômetros de diâmetro, mas também guarda uma composição que desafia a imaginação: estudos sugerem que ele seja formado principalmente por metais como ferro, níquel e até traços de ouro.

A estimativa de valor desse corpo celeste foi popularizada por Linda Elkins-Tanton, professora da Universidade do Estado do Arizona e líder da missão da NASA dedicada a estudá-lo. Em 2017, ela calculou que, se os metais do 16 Psyche fossem trazidos para a Terra, seu valor ultrapassaria US$ 10 quatrilhões – um número tão astronômico que, dividido pela população global, renderia uma fortuna individual de bilhões de dólares. Mas a cientista faz um alerta: o cálculo é puramente teórico. Além da impossibilidade tecnológica de transportar o asteroide, a simples presença de tanto metal no mercado reduziria seu preço a níveis insignificantes.

Ainda assim, o interesse científico é imenso. A NASA lançou em outubro de 2023 uma missão não tripulada para orbitar e analisar o 16 Psyche, com previsão de chegada em 2029 e término das atividades em novembro de 2031. A escolha não foi por acaso. Segundo Nicola Fox, diretora da divisão de missões científicas da agência, asteroides menores sofrem mais alterações devido a impactos cósmicos, enquanto o 16 Psyche, por seu tamanho, pode preservar características originais do Sistema Solar. Isso o torna uma “cápsula do tempo” para entender a formação de planetas rochosos, como a Terra, cujo núcleo metálico é inacessível para estudo direto.

Mas do que exatamente é feito esse asteroide? As hipóteses atuais se baseiam em meteoritos metálicos que caíram em nosso planeta. A maioria desses fragmentos contém 94% de ferro, 5% de níquel e quantidades mínimas de outros metais, como cobalto, platina e ouro. Apesar das semelhanças, os pesquisadores ressaltam que só confirmarão a composição do 16 Psyche quando a sonda da NASA coletar dados in loco. Até lá, teorias e especulações continuarão a alimentar a curiosidade.

Enquanto o valor financeiro do asteroide gera manchetes sensacionalistas, a verdadeira riqueza da missão está na ciência. A espaçonave equipada com instrumentos de imageamento, espectrômetros e um magnetômetro mapeará a superfície, analisará a composição química e investigará possíveis campos magnéticos – pistas essenciais para desvendar a história violenta de colisões e fusões que moldou nosso sistema planetário.

O desafio tecnológico também é monumental. A viagem de quase 3,6 bilhões de quilômetros exigirá assistência gravitacional de Marte para impulsionar a sonda, e a comunicação com a Terra levará até 30 minutos em cada sentido. Mesmo assim, cada etapa dessa jornada promete revelar dados inéditos, não apenas sobre o 16 Psyche, mas sobre os processos que tornaram possível a existência de mundos como o nosso.

Enquanto aguardamos os primeiros resultados, uma coisa é certa: o asteroide continuará a fascinar. Seja pelo brilho hipotético de seus metais no espaço ou pelas respostas que trará sobre nossas origens cósmicas, o 16 Psyche é um lembrete de que o universo ainda guarda segredos capazes de surpreender até mesmo os maiores especialistas.

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