
Enfrentar a crise comercial e tarifária e cobrar mais investimentos em fundos climáticos dos países ricos são prioridades da presidência brasileira do Brics. O grupo discutirá esses temas no encontro de chanceleres, nos dias 28 e 29 de abril, no Rio de Janeiro.
Atualmente, o Brics reúne 11 membros: África do Sul, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã, Rússia e Arábia Saudita. Este último ainda tem o status de membro convidado, pois não concluiu o processo de adesão. Além disso, outros países participarão como convidados.
O embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores e Sherpa do Brasil no Brics, apresentou neste sábado (26) uma prévia dos temas que serão debatidos.
Financiamento climático é ponto central para o Brics
De acordo com Lyrio, o financiamento climático é um dos pontos centrais. “O TFFF é um tema que nós temos discutido. O que não está em pauta é a revisão do modelo que prevê alguns países pagarem formalmente pela transição energética, enquanto os demais podem financiar voluntariamente. Essa distinção é fundamental. E o Brasil é solidário com os países emergentes, porque o Acordo de Paris prevê que os países ricos, que mais poluíram ao longo do tempo, assumam obrigação financeira de combate às mudanças climáticas”, disse.
Sob a liderança brasileira, o Brics já promoveu quatro encontros ministeriais e cerca de 80 reuniões técnicas. A cúpula de 2025 ocorrerá também no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, presidirá as sessões dos dias 28 e 29. Estão previstas três sessões, onde os chanceleres prepararão as decisões que os líderes dos países membros adotarão na cúpula.
Entre os temas em pauta estão o papel do Brics nos desafios globais, a resolução de crises regionais, o compromisso com a paz e a reforma da governança internacional. Além disso, os ministros discutirão o fortalecimento do Sul Global, a saúde, o comércio, as mudanças climáticas e o combate à pobreza.
Vieira também terá uma intensa agenda de reuniões bilaterais. Ele se encontrará com chanceleres da Indonésia, Rússia, Tailândia, China, Cuba, Nigéria e Etiópia.
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