
Uma pesquisa do DataSenado mostra que a maioria do povo brasileiro apoia a liberação dos jogos de azar, como bingo, cassino e jogo do bicho. O estudo foi encomendado pelo senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei (PL) 2.234/2022.
Com autoria do ex-deputado Renato Vianna (MDB-SC), a proposta quer liberar cassinos, bingos, legalizar o jogo do bicho e organizar as apostas em corrida de cavalo, por exemplo.
O senador quer usar as descobertas da pesquisa para fundamentar a discussão. Apesar do favoritismo permanecer, o levantamento também trouxe preocupações sobre ter que criar medidas para impedir crimes de lavagem de dinheiro, além de impossibilitar que o vício aconteça.
“Nós estamos vivendo um grande dilema no Brasil. Há quem defenda a manutenção dos jogos de azar controlados e dominados pelo crime organizado no país. E outros como eu, que defendem os jogos responsáveis no país, controlado pelo poder público, que é fiscalizado e que também se possa arrecadar impostos e punir quem cometa crime”, argumentou Irajá.
Resultados
Segundo os números, 60% dos entrevistados concordam com a aprovação do projeto no Senado. 34% não gostam da ideia e 6% não souberam ou não quiseram responder.
Questionados sobre a ideia de ir a cassinos ou apostar em jogos legalizados, um total de 26% mostram vontade.
Sobre a eficiência da proibição dos jogos atualmente em vigor, a metade dos entrevistados acha que ela tem pouco impacto (21%) ou até nenhum (29%) na redução da oferta. Por outro lado, 45% dizem que a proibição ajuda a diminuir a oferta, 25% acham o impacto grande, enquanto 20% avaliam como médio.
A pesquisa ainda apontou que 58% dos brasileiros pensam que legalizar vai fazer a arrecadação de impostos aumentar. Quanto ao impacto no emprego, 44% pensam que vai ter mais vagas, enquanto 36% não vê diferença.
Mesmo com o apoio da maioria, as preocupações com os efeitos ruins da legalização são bem altas. Para 82% dos entrevistados, é bem importante (65%) ou importante (17%) endurecer regras para não deixar cassinos e empresas de jogos serem usados para lavar dinheiro e financiar coisas erradas.
O estudo também mostra que 62% dos brasileiros acham bom ter fiscalização pesada nos jogos e máquinas, tipo caça-níqueis.
Além disso, 54% apoiam a criação de um cadastro nacional confidencial para dependentes de jogos, evitando o acesso deles às casas de apostas. Já 77%, defendem outras ações preventivas contra dívidas causadas pelos jogos.
Levantamento
A pesquisa nacional aconteceu entre 21 de fevereiro e 1º de março de 2025, com um total de 5.039 entrevistas telefônicas. A amostra foi escolhida de forma aleatória e segmentada, focada na população de 16 anos ou mais. A margem de erro é de 1,72 ponto percentual, com 95% de confiança.
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