A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu encerrar oficialmente as negociações com Carlo Ancelotti para comandar a Seleção Brasileira. O acordo, que estava encaminhado entre as partes, foi interrompido após a diretoria do Real Madrid dificultar a liberação do técnico italiano, que tem contrato com o clube espanhol até junho de 2026.
Segundo fontes próximas à negociação, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, não aceitou arcar com a multa rescisória do treinador, mesmo diante de uma iminente saída antecipada. “O presidente se recusou a pagar qualquer indenização pela rescisão antecipada, mesmo ciente do acerto verbal entre Ancelotti e a CBF. Só aceitava liberá-lo sem custos”, revelou um dirigente envolvido nas tratativas.
A postura inflexível do clube espanhol frustrou os planos da CBF, que via em Ancelotti o nome ideal para iniciar um novo ciclo à frente da Seleção. A entidade contava com a liberação do treinador ainda no primeiro semestre de 2025, diante dos maus resultados do Real Madrid na temporada. A equipe foi eliminada da Champions League e perdeu a final da Copa do Rei para o Barcelona. Caso não consiga tirar a diferença de quatro pontos para o rival catalão nas cinco rodadas finais da La Liga, o time merengue terminará a temporada sem títulos.
A possibilidade de demissão já vinha sendo cogitada há meses internamente no Real. Diante desse cenário, Ancelotti passou a negociar com a CBF. O impasse surgiu quando o treinador exigiu o pagamento da multa rescisória, alegando que o clube estaria encerrando seu contrato de forma antecipada. O Real, por sua vez, endureceu a posição ao descobrir o acordo verbal com a CBF, encerrando de vez qualquer chance de negociação.
Com o nome de Ancelotti fora do páreo, Jorge Jesus, atualmente de saída do Al-Hilal, da Arábia Saudita, passou a ser o favorito para assumir o comando da Seleção Brasileira. O treinador português já havia sido sondado anteriormente e agrada à cúpula da entidade, especialmente pelo estilo de jogo ofensivo e o histórico de sucesso no futebol brasileiro, onde conquistou títulos importantes com o Flamengo.
A escolha do novo treinador se torna ainda mais urgente diante do calendário da Seleção. A lista preliminar de convocados para os próximos compromissos – contra o Equador, fora de casa, no dia 5 de junho, e contra o Paraguai, em São Paulo, no dia 10 de junho – precisa ser enviada à Fifa até o dia 18 de maio. O coordenador de seleções masculinas, Rodrigo Caetano, e o gerente técnico, Juan, estão encarregados de preparar essa lista.
Apesar do prazo, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, insiste que o anúncio final dos 23 convocados para os confrontos deve ser feito pelo novo treinador. “Não abrimos mão de que o técnico escolhido anuncie a convocação. Se necessário, isso pode acontecer após o dia 18, sem problema algum”, afirmou Rodrigues.
A expectativa é de que o nome de Jorge Jesus seja confirmado nos próximos dias, encerrando uma longa busca por um novo comandante para a Seleção após a saída de Tite.
Do Ver-o-Fato, com informações do GE
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