Na noite desta quarta-feira (30), o Paysandu amargou uma derrota por 1 a 0 para o Bahia, em partida válida pela Copa do Brasil, no estádio Mangueirão, em Belém. O jogo, que prometia equilíbrio, foi decidido por um pênalti no mínimo questionável e evidenciou as limitações táticas e técnicas do Papão, que se mostrou incapaz de reagir e ainda está longe de conquistar a confiança de sua apaixonada torcida.
O confronto começou com ritmo intenso, sugerindo um duelo aberto e de bom nível técnico. No entanto, com o passar dos minutos, a partida perdeu qualidade, tornando-se morna e com raros momentos de emoção. O Paysandu, adotando uma postura cautelosa, jogou fechado, priorizando a marcação e pouco ameaçando o Bahia quando não tinha a posse de bola.
A estratégia defensiva, porém, foi insuficiente para evitar o lance que definiu o placar.
Aos 35 minutos do primeiro tempo, um lance polêmico mudou o rumo do jogo. Após uma jogada na área bicolor, o árbitro assinalou pênalti a favor do Bahia em uma decisão que gerou muitas reclamações por parte dos jogadores e da torcida do Paysandu. A análise do VAR, solicitada para verificar um possível impedimento no lance, confirmou a penalidade.
Na cobrança, o meia Cauly foi preciso e colocou o Bahia em vantagem: 1 a 0. O placar permaneceu até o intervalo, refletindo a falta de inspiração ofensiva do Papão.
Na volta do intervalo, o Bahia adotou uma estratégia clara: valorizar a posse de bola, trocar passes com paciência e deixar o tempo passar para garantir a vitória. O Paysandu, por sua vez, voltou inconformado com o placar, mas sem repertório para superar a sólida defesa baiana.
Apesar do esforço físico, com muita correria, o time paraense esbarrou em suas limitações técnicas e táticas, mal conseguindo chegar com perigo à intermediária adversária.
O técnico Luizinho Lopes tentou mudar o cenário com substituições, promovendo a entrada dos atacantes Nicolas e Benitez. No entanto, as alterações não surtiram efeito. A bola raramente chegava aos homens de frente, e o meio-campo bicolor se transformou em um vazio tático, incapaz de articular jogadas ou criar oportunidades.
O Bahia, com o placar a seu favor, jogou de forma inteligente, controlando o ritmo e neutralizando qualquer tentativa de reação do adversário.
O segundo tempo, que já começou sem brilho, ficou ainda mais frio. O Paysandu não conseguiu criar uma única chance clara de gol, enquanto o Bahia administrou a vantagem com tranquilidade. A partida terminou com o placar inalterado: 1 a 0 para os visitantes. O resultado expôs as fragilidades de um Paysandu com elenco limitado, pouca criatividade e carência de opções para mudar o curso de uma partida.
A derrota reforça a percepção de que o Papão está distante de inspirar confiança em sua torcida. A equipe demonstrou dificuldades táticas, com um jogo previsível e sem força ofensiva, além de sofrer com a falta de peças capazes de desequilibrar. Enquanto isso, o Bahia, sem precisar se esforçar muito, saiu de Belém com três pontos importantes.
O Paysandu agora precisa lidar com as críticas e a pressão por melhores resultados. A atuação apagada contra o Bahia serve como alerta para a necessidade de ajustes urgentes, tanto na estratégia quanto no elenco, se o clube almeja objetivos maiores este ano, principalmente na Série B.
Para a torcida bicolor, resta a esperança de que o técnico Luizinho Lopes encontre soluções para devolver ao time a competitividade que o Papão tanto precisa.
RAIO X DA PARTIDA
Paysandu: Matheus Nogueira, Bryan Borges (Benitez), Luan, Novillo, PK (Rossi); Leandro Vilela, Dudu Vieira, Reverson; Borasi (Cavalleri), Nicolas, Marlon (Matheus Vargas). Técnico: Luizinho Lopes
Bahia: Marcos Felipe, Erick, Gabriel Xavier, Rezende, Iago (Juba); Acevedo, Rodrigo Nestor (Jean), Michel Araújo (Gilberto). Cauly ( Kayke), Ademir (Thiago), Lucho Rodriguéz. Técnico: Rogério Ceni.
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ);
Árbitro assistente 1: Rodrigo Figueiredo Henrique Correa (RJ);
Árbitro assistente 2: Carlos Henrique Alves de Lima Filho (RJ);
Quarto árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA);
VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP).
MELHORES MOMENTOS E GOL
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