Existe uma linha tênue entre manter-se fiel à essência e adaptar-se aos novos tempos — e Lorenzo Spano caminha sobre ela com precisão no lançamento de “Somebody”, sua nova faixa em parceria com Markyno, que chega ao catálogo da tradicional Phoenix Music.
Com uma sonoridade profunda, elegante e feita sob medida tanto para os clubes de Ibiza quanto para espaços modernos onde a música dita o ambiente, “Somebody” é, acima de tudo, um manifesto. Um lembrete de que o House clássico de Nova York e Chicago segue vivo — e pulsando nas veias de artistas que conhecem a origem do que hoje move as pistas de todo o mundo.
“Essa música foi feita numa noite de estúdio com o Markyno. A ideia era criar algo underground, mas com sofisticação. Algo que funcionasse bem na pista, mas também se encaixasse em restaurantes e espaços que se transformam à noite”, explica Lorenzo. A vocalização sutil, somada a uma linha de baixo marcante, revela esse equilíbrio: é uma faixa que convida à dança, mas sem perder a introspecção.
Um artista que traduz vivência em identidade sonora
Com mais de três anos de parceria musical com Markyno, Lorenzo mostra maturidade ao falar de seu processo criativo. “Ele é mais músico, eu sou mais artista. Tenho ideias claras do que quero fazer e ele tem a sensibilidade de transformar isso em som. Lançamos muita coisa juntos — Tech House, House, Afro Tech — sempre testando formatos e explorando nuances”.
Essa busca por sonoridades que respeitam as raízes, mas se comunicam com o agora, é o que dá ao projeto Lorenzo Spano seu peso artístico. “Estou tentando desenvolver um som que seja fiel ao meu estilo e, ao mesmo tempo, soe bem nos sound systems dos super clubs de Ibiza. Não é uma transição, é uma continuação evolutiva.”
Phoenix Music: um selo à altura da proposta
A escolha da gravadora também reforça o direcionamento estratégico do artista. A Phoenix Music, label canadense com forte presença no circuito norte-americano, já conta com uma trajetória consolidada e um catálogo de respeito — o que, para Lorenzo, fez toda a diferença.
“Trabalho com a Phoenix há anos e sabia que esse som merecia uma casa com reconhecimento internacional. É uma label com uma linha editorial clara, que valoriza o que fazemos e tem histórico com artistas relevantes”, afirma.
A música como elo com o público global
Mais do que um single, “Somebody” carrega um discurso. Segundo Lorenzo, o objetivo é reconectar as pessoas com a base do que elas consomem hoje. “Quero que quem vá a um clube entenda que esse som é onde tudo começou. E que ainda é a base de muitos dos subgêneros que existem hoje.”
Mesmo com uma carreira ativa na Europa, o artista busca expandir sua presença. “Ninguém é profeta na própria terra. É preciso se abrir ao mundo. As Américas — do Norte ao Sul — são a minha obsessão neste momento.”
2025: ano de expansão e foco estratégico
Com novos lançamentos previstos para os próximos meses e uma agenda de apresentações se formando para Reino Unido, Espanha, Itália e ilhas europeias, Lorenzo planeja mais do que apenas lançar faixas. Ele quer estruturar sua imagem, aprimorar sua comunicação e fechar com uma agência que impulsione esse momento de transição de carreira.
“Hoje eu fecho tudo sozinho — shows, lançamentos, promoções. Não é fácil. Meu objetivo este ano é organizar essa estrutura para seguir crescendo. A música eu já sei como fazer. Mas agora é hora de escalar.”
Sem atalhos: música boa, sem algoritmos
Lorenzo encerra com um recado direto, que carrega seu DNA artístico sem filtros:
“Quero agradecer a todos que me apoiam. E dizer algo em defesa da nossa música: não deixem que o rádio ou as tendências ditem tudo. Há muita música boa que não entra em rotação — e muita porcaria que entra. Confie nos seus ouvidos.”
Por assessoria
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