Um homem de 50 anos foi preso na última segunda-feira (28) no município de Santana, no Amapá, acusado de estuprar e engravidar sua filha de 14 anos, que possui síndrome de Down. A prisão, efetuada pela Polícia Civil através da Delegacia de Infância e Juventude de Santana (DIJS), ocorreu após a confirmação da paternidade por meio de exame de DNA realizado no feto, fruto da violência sexual, que sofreu um aborto espontâneo em junho de 2024.
Inicialmente, o caso tomou um rumo inesperado quando o irmão da vítima, um adolescente de 17 anos, assumiu a autoria do crime durante as investigações. No entanto, a verdade veio à tona com a análise genética do feto, que apontou a compatibilidade do material biológico com o do pai da adolescente.
A delegacia especializada informou que a vítima, que possui dificuldades na fala, chegou a ser internada em estado grave no Hospital de Emergências (HE) de Santana após o aborto espontâneo ocorrido em junho do ano passado.
Segundo o delegado Antério Almeida, titular da DIJS, diversas pessoas da família foram ouvidas no decorrer da investigação. “Após o registro do boletim de ocorrência, diversos familiares da vítima foram ouvidos no curso das investigações, oportunidade em que o genitor da adolescente negou qualquer prática de crime, enquanto o irmão da vítima, de 17 anos de idade, assumiu a autoria dos fatos, circunstância que ensejou a lavratura do procedimento cabível em seu desfavor”, detalhou o delegado.
A reviravolta no caso aconteceu após a realização de um exame necroscópico no feto, onde foi coletada amostra biológica para análise de DNA. “Diante da materialidade e da comprovação da autoria do crime de estupro de vulnerável, representei junto ao Poder Judiciário pela decretação da prisão do genitor da vítima, a qual foi deferida e demos cumprimento ao referido mandado de prisão no município de Santana”, completou o delegado Antério Almeida.
Após ser preso, o homem de 50 anos confessou o crime, alegando estar sob efeito de álcool no momento dos abusos.
O acusado foi encaminhado para a audiência de custódia e, posteriormente, para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde deverá responder pelo crime de estupro de vulnerável. O irmão da vítima, que inicialmente confessou o crime, responderá por ato infracional análogo ao mesmo delito.
Do Ver-o-Fato, com informações do G1
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