Servidor do MPF no Pará é preso pela PF por fraudes de R$ 20 milhões

A credibilidade do Ministério Público Federal (MPF) no Pará foi abalada nesta terça-feira (20) com a deflagração da operação “Falso Midas” pela Polícia Federal. A ação, que resultou na prisão preventiva de um servidor do MPF e cujo nome não foi revelado, expôs um esquema de fraudes que teria causado um prejuízo de R$ 20 milhões.

O envolvimento de um membro de uma instituição cuja missão é investigar e denunciar criminosos lança uma sombra sobre o órgão e desperta questionamentos sobre os mecanismos de controle interno. Não há detalhes sobre como esse esquema vergonhoso era operado.

A operação, conduzida em Santarém, no oeste do Pará, cumpriu três mandados de busca e apreensão, além de um de prisão preventiva. Segundo a Polícia Federal, o servidor é suspeito de praticar crimes contra o sistema financeiro nacional, o mercado de capitais e a ordem tributária.

Além disso, o investigado teria enganado integrantes do Judiciário, do próprio MPF, da Polícia Judiciária, bem como empresários e particulares, prometendo retornos financeiros elevados por meio de investimentos supostamente seguros na bolsa de valores — promessas que jamais se concretizaram.

O nome da operação, “Falso Midas”, faz alusão ao rei Midas da mitologia, que transformava tudo em ouro. No entanto, no caso investigado, as promessas douradas do servidor se revelaram falsas, resultando em perdas significativas para os investidores.

Com a palavra, o MPF Pará

Em nota enviada ao Ver-o-Fato, o MPF destacou que foi o próprio órgão que requisitou à PF o inquérito policial que culminou na prisão do servidor. O MPF ressaltou ainda que, além de apoiar a operação, já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) em 2023, que levou ao afastamento do investigado de suas funções.

A nota reafirma o compromisso do MPF com a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização dos envolvidos, independentemente de sua posição dentro da instituição.

O caso representa um duro golpe para o MPF, que enfrenta o desafio de lidar com as consequências de ter um de seus próprios membros envolvido em um esquema criminoso.

A operação “Falso Midas” lança luz sobre a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir e combater a corrupção dentro das próprias instituições que têm o dever de proteger a sociedade.

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