Criança de 5 anos morre após receber alta médica duas vezes em UPA de Rolim de Moura; entenda o caso

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A Polícia Civil de Rondônia investiga a morte de Anthony Gabriel, criança de 5 anos, ocorrida nesta semana em Rolim de Moura, após o menino ser atendido e liberado duas vezes pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

A suspeita é de negligência médica, uma vez que a criança não resistiu à espera por uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Criança tinha suspeite de dengue

De acordo com relatos da família à polícia, Anthony deu entrada na UPA apresentando sintomas compatíveis com dengue: febre, dores de cabeça e nas pernas, vômito e náusea.

Após receber medicação e demonstrar sinais de melhora, o menino foi liberado pela equipe médica.

Horas depois, o estado de saúde de Anthony voltou a piorar. A família retornou com a criança à mesma unidade, onde ele recebeu novo atendimento e novamente foi liberado.

Pedido de UTI negado por falta de vaga

Anthony Gabriel tinha apenas 5 anos de idade – Foto: Reprodução/Redes Sociais

Sem apresentar melhora significativa, os responsáveis decidiram procurar atendimento em um hospital particular, onde foi solicitada a internação imediata em UTI na cidade de Cacoal (RO). No entanto, segundo os familiares, não havia leitos disponíveis.

Sem alternativa, a criança teve que retornar à UPA de Rolim de Moura. Pouco tempo depois, Anthony não resistiu e morreu.

Um exame tanatoscópico foi solicitado para identificar a causa da morte.

Em entrevista à veículos de imprensa, a mãe de Anthony desabafou, cobrando respostas das autoridades e apontando possíveis falhas médicas no atendimento ao filho.

“É muita falta de respeito, é muita falta de olhar médico. […] Eu não quero deixar abafado. Então, eu quero justiça”, afirmou.

Médicos afastados e sindicância aberta

Após a repercussão do caso, a secretária de saúde de Rolim de Moura, Geiciane, determinou o afastamento imediato dos dois médicos da UPA responsáveis pelos atendimentos iniciais da criança.

Além disso, foi anunciada a abertura de uma sindicância interna para apurar eventuais falhas no protocolo de atendimento.

Em nota, a Secretaria informou que está tomando as devidas providências e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

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