A Justiça revogou, na última quinta-feira (8), a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar de Roraima (PM-RR), Moises Barbosa Cruz, suspeito de matar e enterrar o corpo de Daniel Dias da Silva, de 22 anos, em Mucajaí.
Moises estava preso desde o dia 22 de abril, após ser investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Ele estava detido no Comando-Geral da PM-RR, em Boa Vista. O alvará de soltura foi expedido na mesma data da decisão.
Sargento estaria recebendo ‘tratamento desigual’ na prisão
A revogação da prisão foi determinada pela juíza Sissi Marlene Dietrich Schwantes, da Vara Criminal de Mucajaí.
Ela atendeu parcialmente a um pedido da defesa do sargento, que argumentou não haver motivos para a manutenção da prisão.
A juíza também considerou uma manifestação do Ministério Público de Roraima (MP-RR), que apontou desequilíbrio no tratamento entre Moises e o soldado Jakson Sousa Nunes, também suspeito de envolvimento no crime.
Jakson foi liberado após se apresentar espontaneamente à Justiça. Na época, o MP-RR pediu sua prisão preventiva, mas o Judiciário optou por aplicar medidas alternativas.
Medidas cautelares
Na decisão, a juíza substituiu a prisão preventiva de Moises por medidas cautelares semelhantes às aplicadas ao soldado Jakson. O sargento deverá cumprir as seguintes determinações:
- Comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades;
- Proibição de contato, direto ou indireto, com o corréu, testemunhas e familiares da vítima;
- Suspensão das atividades operacionais de policiamento, com transferência para funções administrativas internas;
- Recolhimento imediato de todas as armas de fogo, funcionais e particulares
Relembre caso
Dois policiais militares foram presos em flagrante no domingo, 20 de abril, suspeitos de assassinar e ocultar o corpo de Daniel Dias da Silva, de 22 anos, em Mucajaí, no Sul de Roraima.
O sargento Moisés Barbosa Cruz e o soldado Jakson Sousa Nunes teriam enterrado a vítima em uma estrada do município.
Eles foram autuados pelos crimes de destruição, subtração ou ocultação de cadáver. No entanto, Moisés foi liberado no dia 22 após pagar fiança de R$ 1,5 mil.
O desaparecimento de Daniel foi registrado pela mãe dele, de 50 anos, na sexta-feira (18). Vizinhos relataram que ele havia sido baleado por dois PMs e levado na parte de trás de uma viatura.
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