Pesquisadores de Amsterdã criaram um robô que, apesar de não ter “cérebro”, componentes eletrônicos ou um sistema de inteligência artificial, “pensa” com as pernas para saltar, nadar e andar sozinho. A novidade foi detalhada em um artigo publicado na revista Science.
Entenda:
- Um robô sem eletrônicos ou IA consegue “pensar” com as pernas e andar sozinho;
- Isso graças a pernas tubulares alimentadas por um fluxo de ar contínuo;
- Em apenas um segundo, a invenção consegue percorrer 30 vezes seu comprimento corporal;
- Além de tecnologia espacial, o robô também poderia ser usado como pílula inteligente para a administração de medicamentos.

Afinal, como o robô sem IA consegue andar? O segredo está na física: um fluxo contínuo de ar move suas pernas feitas de tubos macios, permitindo um movimento que se torna sincronizado por conta própria. O princípio é o mesmo por trás daqueles bonecões infláveis que ficam na frente de postos de gasolina.
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Robô supera uma Ferrari
De acordo com a equipe, o robô consegue atingir 30 vezes o comprimento de seu corpo por segundo – mais do que uma Ferrari, que “só” atinge 20 vezes o seu comprimento no mesmo espaço de tempo. Além disso, ele também consegue adaptar a marcha das pernas de acordo com as condições do terreno.

“Na biologia, frequentemente vemos uma inteligência descentralizada semelhante. Estrelas-do-mar, por exemplo, coordenam centenas de pés tubulares usando feedback local e dinâmica corporal, não um cérebro centralizado”, explica Mannus Schomaker, coautor do estudo, em comunicado.
Robô que ‘pensa’ com as pernas pode ir para o espaço
Além de ser usado como pílula inteligente para liberar medicamentos diretamente no tecido-alvo do corpo, o robô também poderia ser aplicado na tecnologia espacial, substituindo a eletrônica tradicional (que corre o risco de falhar nas condições extremas do espaço).
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