Em uma sessão que marcou um ponto de inflexão no debate sobre fenômenos anômalos não identificados (UAPs), a Sala 2247 do Rayburn House Office Building, adjacente ao Capitólio, foi palco, na semana passada, de uma reunião informal, mas de alto impacto, que reuniu cientistas, ex-funcionários do governo e parlamentares. Embora não tenha sido uma audiência oficial, o evento ocorrido atraiu intensa cobertura da mídia e reacendeu o interesse público sobre a possibilidade de vida extraterrestre e tecnologias avançadas não humanas.
O físico Eric Davis, uma figura proeminente no estudo de UAPs, chocou os presentes ao confirmar a existência de programas secretos do governo dos EUA dedicados à recuperação de naves “não fabricadas por mãos humanas”. Davis, que já trabalhou em projetos confidenciais do Departamento de Defesa, detalhou que esses programas operam sob camadas de sigilo que os protegem até mesmo da supervisão congressional.
Ele mencionou relatos de seres associados a essas naves, descritos como humanoides dos tipos “cinza”, “nórdico”, “reptiliano” e “insetoide”, levantando questões sobre a natureza e as intenções dessas entidades.
O painel de segurança nacional, liderado por Christopher Mellon, ex-subsecretário adjunto de Defesa para Inteligência, discutiu a soberania do espaço aéreo americano e os riscos potenciais que os UAPs representam. “Estamos diante de tecnologias que desafiam nossa compreensão da física e nossa capacidade de defesa”, afirmou Mellon, destacando a urgência de uma resposta coordenada.
Novas imagens e debates nas redes
Durante a sessão, imagens intrigantes foram apresentadas, incluindo uma fotografia compartilhada por Luis Elizondo, ex-diretor do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP). A imagem, capturada na região de Four Corners, no sudoeste dos EUA, gerou polêmica nas redes sociais.
Enquanto alguns a consideraram uma prova de atividade extraterrestre, outros especularam que poderia se tratar de campos agrícolas circulares, comuns na área. Especialistas independentes, consultados pelo The Washington Post, indicaram que a foto carece de contexto suficiente para conclusões definitivas, mas sua divulgação intensificou o debate público.
Mike Gold, ex-funcionário da NASA, surpreendeu ao apresentar imagens de arquivo, incluindo uma fotografia de um objeto triangular capturada pela missão Apollo 17, possíveis estruturas em uma cratera lunar e um objeto em forma de “Tic Tac” registrado em Marte. Gold pediu que a NASA revisse seus arquivos históricos para identificar outros registros de UAPs, sugerindo que evidências podem ter sido negligenciadas por décadas.
O painel de inovação, que contou com a participação do astrofísico de Harvard Avi Loeb, explorou como tecnologias derivadas de UAPs poderiam revolucionar setores como energia, inteligência artificial e indústria aeroespacial. Loeb, conhecido por sua defesa de uma abordagem científica rigorosa ao fenômeno, destacou a necessidade de financiamento para pesquisas interdisciplinares.
“Se confirmarmos que essas tecnologias existem, estaremos diante de um salto quântico para a humanidade”, declarou.
Compromisso político e próximos passos
A congressista Anna Paulina Luna (R-FL), uma das figuras centrais da sessão, anunciou que um novo denunciante está disposto a testemunhar sobre programas de recuperação de UAPs. Luna também revelou que duas audiências adicionais estão em planejamento, uma delas com depoimentos de militares que alegam ter tido contato direto com esses fenômenos. “A transparência é essencial. O povo americano merece saber a verdade”, afirmou Luna em entrevista à CNN.
Outros parlamentares, como o deputado Eric Burlison (R-MO), expressaram apoio à desclassificação de documentos relacionados a UAPs. Segundo um relatório recente do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI), mais de 500 incidentes de UAPs foram registrados pelas forças armadas dos EUA desde 2021, com 171 casos ainda sem explicação. Esses números reforçam a pressão por maior abertura governamental.
Repercussão e o futuro do debate
A sessão no Rayburn House Office Building sinaliza uma mudança significativa: os UAPs deixaram de ser um tema marginal para ocupar o centro da agenda política e científica nos EUA. Organizações como a Coalizão para Pesquisa Aeroespacial Não Identificada (UAPRC) elogiaram o evento, mas cobraram ações concretas, como a criação de um órgão independente para investigar os fenômenos.
Enquanto isso, a opinião pública permanece dividida. Uma pesquisa da Gallup, publicada em abril de 2025, revelou que 41% dos americanos acreditam que UAPs podem ser evidências de vida extraterrestre, enquanto 50% atribuem os avistamentos a tecnologias humanas ou fenômenos naturais. Nas redes sociais, hashtags como #UAPDisclosure e #CapitolUAPHearing dominaram as discussões, com milhares de usuários compartilhando análises das imagens apresentadas.
À medida que o Congresso se prepara para novas audiências, o mundo observa com atenção. A questão dos UAPs, antes relegada à ficção científica, agora desafia governos, cientistas e a sociedade a confrontar o desconhecido com coragem e rigor. Fontes: The Washington Post, CNN, Gallup, ODNI, UAPRC
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