
A freira brasileira Aline Pereira Ghammachi, natural do Amapá, perdeu o cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, na Itália, após acusações de maus-tratos contra outras religiosas.
Ela contesta as denúncias, afirma que não teve direito de defesa e acusa a Igreja Católica de sexismo.
Aline, que chegou ao mosteiro em 2018 e se tornou a madre-abadessa mais jovem do país, acabou removida do cargo logo após a morte do papa Francisco e a eleição de Leão XIV.

Acusações contra freira brasileira
Segundo ela, as acusações começaram há dois anos, quando quatro freiras enviaram uma carta ao Vaticano alegando que Aline praticava maus-tratos e ocultava informações financeiras.
“As acusações foram retiradas na época, mas agora, sem explicações concretas, fui dispensada. Meu objetivo agora é lutar para que a verdade prevaleça”, declarou Aline ao jornal Il Mattino.
Após a demissão de Aline, o clima no mosteiro ficou tenso. Cinco freiras deixaram o local às pressas, relatando opressão e desconforto.
“Aline foi descrita como uma déspota, mas quem a conhece sabe o quanto era séria e correta”, afirmou irmã Maria Paola Dal Zotto.

Aline crítica decisões
A ex-abadessa afirma que as denúncias são parte de uma tentativa de retirá-la do cargo por ser jovem, brasileira e crítica à estrutura de poder da Igreja.
“Meu coração dói ao ver que calúnias infundadas podem destruir tudo o que construí”, lamentou.
Em nota, a Aliança Inter Monastérios declarou que Aline tinha o direito de recorrer da decisão ao Dicastério e que a medida acabou tomada “de acordo com as leis da Igreja“.
Aline, no entanto, promete buscar justiça por meio de uma ação civil. “Não abandonarei minha missão religiosa nem a luta pela verdade“, concluiu.
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