Arqueólogos podem ter descoberto local do túmulo onde Jesus foi sepultado

Escavações no Santo Sepulcro podem ter encontrado túmulo de Jesus. Foto: Reprodução/Instagram @ ssbasapienza

Novas escavações arqueológicas em Jerusalém podem ter identificado o local do túmulo de Jesus Cristo. Os estudos foram realizados na Igreja do Santo Sepulcro e se alinham à descrição do Evangelho de João, no Novo Testamento. O “The Times of Israel” divulgou as informações.

De acordo com o texto bíblico, “no lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e no jardim, um sepulcro novo, onde ninguém ainda havia sido posto”. Para os pesquisadores, o terreno da igreja guarda sinais desse ambiente. Afinal, amostras de solo indicam que havia oliveiras e videiras na região, segundo análises de pólen e restos de plantas.

Provável túmulo de Jesus: escavações começaram em 2022

As escavações começaram em 2022, após a autorização de uma reforma na basílica. Para a realização do projeto, houve um acordo entre três comunidades religiosas que cuidam do local: o Patriarcado Ortodoxo, a Custódia da Terra Santa e o Patriarcado Armênio.

Escavações no Santo Sepulcro. Foto: Reprodução/Instagram @ ssbasapienza

Além disso, a obra, que é a primeira desde 1808, também prevê a troca do piso, em sua maioria do século XVIII.

Durante as obras, os responsáveis permitiram que arqueólogos investigassem o solo abaixo da igreja. Quem lidera a pesquisa é Francesca Romana Stasolla, professora da Universidade Sapienza de Roma. Ela afirma que a decisão abriu caminho para novas descobertas.

Assim, os resultados iniciais apontam que as construções ali presentes são ainda mais antigas do que o período cristão. De acordo com Stasolla, o local fazia parte da cidade por volta do ano 130 d.C., quando o imperador Adriano governava. Mas, na época de Jesus, essa área ainda estava fora dos limites urbanos.

Igreja do Santo Sepulcro

A Igreja do Santo Sepulcro é, há muito tempo, associada ao local da crucificação e do túmulo de Jesus. Desde a Antiguidade, o espaço passou por destruições e reconstruções. Para Stasolla, as camadas do solo funcionam como capítulos da longa história de Jerusalém, que remonta até a Idade do Ferro, entre 1200 e 586 a.C.

Ela explica que, inicialmente, a área era uma pedreira. Com o tempo, usou-se o espaço para agricultura. Então, durante as escavações, os pesquisadores encontraram objetos como cerâmicas, lâmpadas e itens do dia a dia que reforçam essa história.

A descoberta de restos de plantas cultivadas, como mencionado no Evangelho de João, chamou atenção. O texto cita uma área verde entre o local da crucificação e o túmulo. As análises indicam que realmente havia campos agrícolas naquela região na época.

Outros sinais de que o local é o do túmulo de Jesus

Além disso, os arqueólogos identificaram sinais de sepultamentos antigos. No século VI, o imperador Constantino, primeiro romano convertido ao cristianismo, construiu uma estrutura ao redor de um dos túmulos. Esse túmulo seria o de Jesus, segundo a tradição cristã.

Constantino mandou escavar a área da rotunda e separou o túmulo dos demais. Os pesquisadores encontraram uma base de mármore que fazia parte da construção original feita por ele. Agora, o material está sendo estudado para determinar sua origem e data exata.

Para os arqueólogos, o maior valor da descoberta é contar a história das pessoas que passaram por ali e expressaram sua fé. “Independente de alguém acreditar ou não na história do Santo Sepulcro, o fato é que muitas gerações acreditaram. E isso é parte da realidade histórica do lugar”, conclui Stasolla.

Além do túmulo, as escavações revelaram moedas antigas do século III e ossos de animais, que também ajudam a entender o passado daquele local sagrado.

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