
A cheia dos rios no Amazonas já colocou 19 municípios em situação de emergência, segundo o boletim mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado na última sexta-feira (16). De acordo com o levantamento, mais de 195 mil pessoas foram afetadas até o momento.
A expectativa é que o cenário se prolongue nas próximas semanas. Segundo o Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, as nove calhas dos rios amazonenses devem continuar em processo de cheia até, pelo menos, o mês de junho.
Lista de municípios do Amazonas em estado de emergência
Na atualização mais recente, o município de São Paulo de Olivença, banhado pelo Rio Solimões, passou do estado de alerta para emergência. Com isso, são 19 municípios afetados diretamente pela cheia.
Confira a lista completa:
- Humaitá – Rio Madeira
- Apuí – Rio Madeira
- Manicoré – Rio Madeira
- Novo Aripuanã – Rio Madeira
- Borba – Rio Madeira
- Boca do Acre – Rio Purus
- Guajará – Rio Juruá
- Ipixuna – Rio Juruá
- Itamarati – Rio Juruá
- Eirunepé – Rio Juruá
- Benjamin Constant – Rio Solimões
- São Paulo de Olivença – Rio Solimões
- Atalaia do Norte – Rio Solimões
- Careiro – Rio Solimões
- Santo Antônio do Içá – Rio Solimões
- Amaturá – Rio Solimões
- Juruá – Rio Solimões
- Tonantins – Rio Amazonas
- Japurá – Rio Amazonas
Além dos municípios em emergência, o boletim aponta que 3 cidades estão em estado de atenção, 38 em alerta e 2 em situação de normalidade.

O que explica o aumento do nível dos rios?
Segundo o meteorologista e pesquisador Leonardo Vergasta, dois fenômenos contribuem para a cheia dos rios do Amazonas neste período:
Inverno Amazônico: conhecido por trazer chuvas acima da média para a Região Norte. Deve se estender até o fim de maio.
La Niña: o fenômeno climático chegou ao fim em abril, mas seus efeitos persistem, contribuindo para o aumento das precipitações.
Humaitá é um dos municípios mais afetados
Entre os municípios mais atingidos está Humaitá, banhado pelo Rio Madeira. A cidade registrou, nesta quarta-feira, uma cota de 23,44 metros, aproximando-se da cota histórica de 25,63 metros, alcançada em 2014.
Na Zona Rural, as comunidades sofrem com plantações destruídas, dificuldade de mobilidade e prejuízos na rotina escolar.
A Defesa Civil estima que mais de 16 mil pessoas foram impactadas pela cheia somente em Humaitá.
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