Justiça proíbe garimpo ilegal em terra indígena no Amazonas e cobra R$ 18,5 milhões em reparação

A Justiça Federal do Amazonas determinou a suspensão imediata da mineração ilegal na Terra Indígena (TI) Igarapé Preto, localizada em Novo Aripuanã, no Amazonas.

A decisão liminar aconteceu após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e prevê a recuperação ambiental da área, além da cobrança de R$ 18,5 milhões em indenizações pelos danos causados.

De acordo com a ação civil pública, ajuizada pela Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região, com base em relatórios do Ibama, 1.210 hectares foram desmatados para exploração mineral clandestina.

Escavadeiras, motobombas e outros equipamentos de garimpo acabaram apreendidos durante a fiscalização. Como resultado, rios terminaram desviados e o solo, segundo os fiscais, tornou-se estéril.

Terra indígena no Amazonas. – Foto: Reprodução/ Vinícius Mendonça/ Ibama.

Prejuízos na terra indígena

A terra indígena abriga os povos Isolados do Igarapé Preto, Isolados Kaiduwa e Tenharim. Conforme os autos, caciques locais teriam autorizado o garimpo em troca de parte da produção, segundo relatos de indígenas colhidos durante a Operação Warã II.

Mesmo embargada, a área continuava sendo explorada. Diante disso, o juiz da 7ª Vara Federal reconheceu o risco ambiental e o descumprimento das sanções administrativas, reforçando a necessidade de proibir os acusados de retornarem ao local.

Além da reparação da área degradada, a decisão judicial também prevê a suspensão de incentivos fiscais e o bloqueio de bens móveis e imóveis dos réus.

Além disso, para a procuradora federal Rafaela Montenegro, a medida é um marco na defesa dos povos indígenas e da Floresta Amazônica.

“A atuação coordenada entre AGU e Ibama mostra o compromisso com a integridade dos territórios tradicionais e a responsabilização dos infratores”, afirmou.

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