Nio evita SP no curto prazo, descarta IPO, e mira o mercado móvel

Após oficializar seu lançamento comercial com a marca Nio, a nova operadora de banda larga fixa derivada da Oi Fibra já começa a traçar seus próximos passos no mercado de telecomunicações, que incluem inclusive o serviço móvel.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 22, o CEO Márcio Fabbris detalhou que a companhia estuda oferecer serviços de celular por meio de uma operação virtual (MVNO), disse que não há previsão de atuar de forma relevante no estado de São Paulo, nem de realizar abertura de capital na bolsa no curto prazo.

Marcio Fabbis, CEO Nio
Marcio Fabbis, CEO da Nio

“Temos uma aposta de curto prazo, que é complementar nossa oferta com uma operação móvel virtual. Está no nosso radar lançar uma MVNO”, disse Fabbris. A empresa não pretende adquirir frequências ou construir infraestrutura própria. “Vamos buscar um parceiro. Ainda não iniciamos conversas nesse sentido, mas temos oportunidade nisso”, acrescentou.

Operação baseada em rede neutra

A futura atuação como operadora móvel virtual se insere no modelo de negócio atual da Nio, que opera exclusivamente sobre redes neutras, alugadas, o que confere eficiência desde o início da operação, segundo Fabbris. “A Nio nasce com um DNA forte de eficiência. A gente não tem uma rede própria. Isso torna natural alugar também uma rede móvel e estruturar uma MVNO”, observou.

A empresa também pretende expandir seu portfólio digital com serviços de automação e segurança integrados à conectividade.

Ausência de operação relevante em SP

Embora esteja presente nacionalmente, a Nio praticamente não atua no estado de São Paulo, principal mercado de telecomunicações do país. A estratégia inicial da empresa é reforçar sua presença onde já detém redes estabelecidas e grande participação de mercado, como nos estados do Acre, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “Nosso primeiro foco é fora de São Paulo. Temos muita rede construída em outros estados e precisamos consolidar nossa posição de liderança lá”, afirmou Fabbris. Segundo ele, a entrada em SP pode ocorrer no futuro, mas não está prevista no curto prazo.

Crescimento com capital próprio

Questionado sobre eventuais planos de abertura de capital, Fabbris descartou movimentos nessa direção. “Nosso foco agora é colocar a empresa no ar, lançar a marca e crescer com rentabilidade. A partir disso, teremos uma gama de opções para o futuro”, afirmou.

A empresa não projeta aquisições nem fusões no curto prazo e pretende se concentrar no crescimento orgânico da base de clientes e na consolidação do atendimento. “A grande vantagem da Nio é já nascer com receita e escala. Isso nos dá musculatura para investir pesado na operação e em campanhas de marketing”, disse.

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