VÍDEO: Preso destrói sala de audiência após saber que ficará na cadeia

Uma sala de audiência de custódia no Distrito Federal foi palco de um incidente marcante. Um preso, revoltado com a sentença de prisão preventiva recebida, destruiu parte do ambiente no Núcleo de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) em São Sebastião. O tumulto foi capturado em vídeo, mostrando o momento em que o detido, algemado, chuta uma divisória de acrílico e grita, enquanto é contido por policiais civis presentes.

O preso em questão e um outro indivíduo foram pegos em flagrante com uma motocicleta furtada. Ambos já tinham antecedentes criminais, com registros de atos infracionais semelhantes a crimes cometidos na adolescência. O homem que causou a destruição na sala estava cumprindo pena em prisão domiciliar por roubo majorado, caracterizado pelo uso de violência ou arma de fogo, além de já ter sido interno do sistema socioeducativo por roubo na adolescência. O segundo detido responde a um processo por homicídio, ainda sob investigação, embora negue a autoria do crime.

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) representou os dois, solicitando a liberdade provisória sem pagamento de fiança, argumentando que a prisão em flagrante por posse de item furtado, configurando possivelmente receptação, não envolveu violência ou grave ameaça. No entanto, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) posicionou-se contra, afirmando que a liberdade dos indivíduos representaria um risco para a sociedade.

O juiz que presidiu a audiência decidiu pela liberdade provisória de um dos detidos, considerado réu primário. Entretanto, para o outro, que já cumpria pena domiciliar, a decisão foi diferente. “O novo envolvimento demonstra que [o investigado] tem personalidade voltada à prática delitiva. Para garantia da ordem pública, o senhor permanecerá preso”, declarou o juiz. Foi nesse momento que o preso se descontrolou, destruindo parte do mobiliário da sala e sendo rapidamente removido pelos policiais.

Após o incidente, foi emitida uma ordem para que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investigue as infrações de desacato, desobediência e dano ao patrimônio público supostamente cometidas pelo detido durante a audiência. O caso continua em apuração, ressaltando a complexidade e os desafios enfrentados no sistema de justiça.

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