EXCLUSIVO – Servidores denunciam fraude e assédio moral na Polícia Científica de Altamira

Os trabalhadores da Polícia Científica do município de Altamira, sudoeste paraense, denunciam uma série de irregularidades e um suposto esquema de fraude e favorecimento ilícito na coordenadoria regional, que atende os municípios de Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

Em depoimento exclusivo ao Portal Ver-o-Fato, com apresentação de vários documentos, o grupo de servidores e funcionários enumera irregularidades que vão de prejudicar trabalhadores, não cumprimento do horário de trabalho até fraudes em seletivas do PSS (Processo Seletivo Simplificado) para o órgão.

O grupo narra que desde setembro de 2023, que coincide com o período em que a perita Elizabeth Capatti assumiu a coordenadoria regional, uma série de decisões que prejudicam a estabilidade dos trabalhadores do local foram tomadas.

O primeiro ato foi a solicitação de um PSS (Processo Seletivo Simplificado) onde um dos selecionados foi o marido dela, Eduardo Cappatti Aquino. Mesmo com a irregularidade vinculada a contratação do próprio cônjuge ter sido denunciada, ela permaneceu na comissão de avaliação e entrevista, sendo a denúncia negligenciada pelos órgãos responsáveis, segundo apontam os servidores.

Além da contratação irregular do próprio esposo, os trabalhadores citam que frequentemente ele não faz parte da escala de trabalho, embora seja remunerado como se suas funções fossem plenamente cumpridas.

Como os cargos do Processo Seletivo Simplificado (PSS) são de ocupação imediata, espera-se que os selecionados ocupem imediatamente o cargo e suas responsabilidades, como exemplo, a participação e cumprimento imediato das escalas de trabalho.

Público e privado, a mistura

O casal também terceiriza de forma irregular atividades que deveriam ser exercidas sob a confidencialidade da Unidade Regional. Tudo é feito em uma empresa privada onde o casal trabalha, comprometendo o fluxo e a confidencialidade dos temas tratados na Unidade Regional, expondo conselheiros tutelares, advogados, investigadores e delegados.

O fluxo irregular de funcionários entre a empresa privada e a Unidade Regional de Altamira também oprime quaisquer servidores ou trabalhadores que tentem denunciar o esquema criminoso dentro do município.

Na denúncia, o grupo apresenta provas de todas as denúncias feitas em seu relato, confiantes que a exposição na imprensa trará a devida responsabilidade para os responsáveis pelo “esquema criminoso”, que interfere na sua rotina de trabalho e no atendimento ao público do município de Altamira, assim como aos municípios de Anapu, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.

O Ver-o-Fato abre espaço à manifestação do casal citado na matéria, uma vez que tentou manter contato sem obter resultado positivo.

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