VÍDEO – A cultura do atraso e do perigo: carro é engolido pelo oceano no Atalaia

O paraense que curte as férias de julho no balneário de Salinópolis, banhado pelo Oceano Atlântico, participa de uma prática única nas praias brasileiras: desfilar com seus carros pela areia. Essa atividade, apesar de ser um traço cultural local, frequentemente coloca em risco a segurança dos banhistas.

Apesar das tentativas de combate a essa prática, estas fracassaram, e é evidente que medidas mais enérgicas são necessárias para evitar incidentes perigosos, como o espetáculo patético de carros sendo engolidos pela maré cheia, deixando motoristas desesperados com a possibilidade de perderem seus veículos. Uma repetição cansativa de fatos, entra ano, sai ano.

Neste domingo, 14 de julho, mais um episódio desse tipo foi documentado em imagens. Um homem teve que ficar em cima de seu carro, que foi engolido pela maré na praia do Atalaia, em Salinópolis, no nordeste do Pará. As imagens circularam pelas redes sociais, mostrando a situação angustiante.

Carros atolados em Salinas, como o município é conhecido, são uma visão comum em julho, durante as férias escolares, quando muitas pessoas levam seus veículos para a praia. As cenas evidenciam a falta de zelo pela segurança no local.

No caso do vídeo, o homem, possivelmente o condutor do veículo, aguardava ajuda parado no teto do carro, sem ter como sair. Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar informou que resgatou o homem e que o veículo estava distante cerca de 300 metros da margem.

Esses incidentes sublinham a necessidade urgente de medidas mais rigorosas para proteger tanto os banhistas quanto os motoristas, prevenindo situações perigosas e evitando danos materiais e possíveis tragédias.

IMAGENS IMPRESSIONAM:

Como combater essa “caboquice”

A prática de desfilar com carros pela areia das praias de Salinópolis, no Pará, é um hábito cultural arraigado que, embora pareça inofensivo para muitos, representa um sério risco à segurança pública e ao meio ambiente. Esse comportamento, que ganha destaque especialmente durante as férias de julho, é visto como uma forma de lazer e exibição pelos frequentadores locais e turistas, mas tem consequências negativas significativas.

Riscos aos banhistas

A presença de veículos motorizados na areia, onde famílias e crianças brincam e se divertem, aumenta consideravelmente o risco de acidentes graves. A falta de barreiras físicas e a proximidade dos carros com os banhistas criam um ambiente perigoso, onde qualquer distração ou erro de cálculo pode resultar em atropelamentos e outras tragédias. Além disso, a mistura de álcool e direção, comum em ambientes de lazer, agrava ainda mais o perigo.

Impacto ambiental

A circulação de veículos na areia causa danos irreversíveis ao ecossistema costeiro. Os pneus dos carros compactam a areia, destruindo habitats de espécies nativas e perturbando o equilíbrio natural. A poluição gerada pelos escapamentos e possíveis vazamentos de óleo e combustível contaminam a praia e o mar, prejudicando a fauna e a flora marinha.

Problemas logísticos

Além dos riscos imediatos, a prática de dirigir na areia resulta frequentemente em carros atolados e danificados pela maré alta. Esses incidentes não só causam prejuízos financeiros aos proprietários dos veículos, mas também exigem a mobilização de recursos públicos para resgates e remoções. A presença constante de guinchos e equipes de resgate na praia desvia a atenção de outras emergências e representa um custo adicional para a comunidade.

Tentativas de regulamentação

As autoridades locais têm tentado combater essa prática perigosa, mas os esforços até agora se mostraram insuficientes. Campanhas de conscientização, multas e a presença de policiais nas praias são algumas das medidas já implementadas, mas a persistência do hábito cultural e a resistência dos frequentadores dificultam a eficácia dessas ações.

Medidas necessárias

Para evitar os perigos associados a essa prática, é necessário que medidas mais enérgicas sejam tomadas. A implementação de barreiras físicas que impeçam a entrada de veículos na areia, o aumento das penalidades para os infratores e a intensificação da fiscalização são passos importantes.

Além disso, é necessário um esforço contínuo de educação e conscientização para mudar a mentalidade dos frequentadores da praia, destacando os riscos e as consequências de suas ações.

A mudança de hábitos culturais é um desafio, mas é imperativo para garantir a segurança dos banhistas, a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade das praias como locais de lazer e convívio saudável.

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