Fraude nas cotas? Filha de empresário de Manaus é acusada de manipular vaga de medicina na UFRR

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Uma estudante de 19 anos, aprovada para o curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR) no vestibular 2025, é suspeita de fraudar a cota de baixa renda para garantir a vaga.

A UFRR iniciou uma apuração interna, por meio da Comissão de Análise Socioeconômica, após a denúncia de irregularidades, divulgada na última terça-feira (24).

Filha de empresário é acusada de fraudar vaga de medicina na UFRR

A candidata, filha de um empresário de Manaus, inscreveu-se em medicina da UFRR pelo sistema de cotas, que exige uma renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo. No entanto, a publicação do resultado do vestibular, em 31 de janeiro, deu origem à suspeita.

Familiares de uma candidata não aprovada relataram, por meio da Ouvidoria da UFRR, que a estudante aparentemente apresentava um padrão de vida incompatível com a cota indicada.

A denúncia aponta que o pai da estudante possui, entre outros negócios, dois restaurantes em Manaus, um de alto padrão. Além disso, o homem também seria dono de empresas de eventos no Amazonas.

O documento anexa prints de postagens nas redes sociais que mostram viagens internacionais da família, incluindo uma ida à Disney, nos Estados Unidos, e uma festa de 15 anos de luxo realizada em 2020, na Arena da Amazônia.

Em entrevista, a denunciante cobrou a apuração do caso pela UFRR e também registrou uma queixa no Ministério Público Federal de Roraima (MPF-RR). Ela enfatizou a necessidade de um levantamento detalhado sobre a condição financeira da estudante.

“Espero que a Justiça seja feita”, afirmou a mulher, que pediu anonimato.

Quais serão as consequências se a fraude for confirmada?

A estudante, por sua vez, negou as acusações, afirmando que não depende financeiramente dos pais, trabalha em uma clínica de estética e sustenta-se sozinha. Ademais, ela também garantiu que enviou à UFRR todos os documentos comprobatórios, reforçando que não houve fraude.

A pró-reitora de Ensino e Graduação da UFRR, Leuda Evangelista, explicou que, se as autoridades confirmarem a fraude, a instituição poderá desligar o aluno. Isso poderá ocorrer independentemente do período em que ele esteja cursando.

“Se a denúncia for verificada, o desligamento é imediato”, afirmou.

O MPF-RR informou que recebeu a denúncia e está analisando o caso para adotar as medidas legais necessárias.

No vestibular 2025, a UFRR ofertou 68 vagas para o curso de Medicina, sendo 28 para ampla concorrência e o restante distribuído entre as cotas. Por fim, o curso teve alta concorrência, com 299 candidatos por vaga.

*Com informações do g1 Roraima

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