Remo e Paysandu fizeram um lindo duelo não só no gramado de jogo como nas arquibancadas do Mangueirão lotado.
O Clube do Remo demonstrou maior frieza e competência nas cobranças de pênaltis, especialmente na fase alternada, conquistando seu 48º título do Campeonato Paraense contra os 50 do maior rival, o Paysandu. Em uma final eletrizante, o Leão Azul confirmou sua supremacia na competição, coroando uma campanha consistente com o troféu.
Clube do Remo e Paysandu Sport Club se enfrentaram no Re-Pa #778, neste domingo, 11, no Mangueirão, em Belém, pela final do Campeonato Paraense. Foi uma batalha épica entre os dois maiores clubes do norte do Brasil, decidida nos detalhes e na frieza do Leão.
O Paysandu entrou em campo precisando reverter o placar adverso da primeira partida. Com ímpeto, o Papão partiu para cima do Remo, pressionando a saída de bola e buscando o gol a qualquer custo. No entanto, a equipe bicolor pecava pela desorganização tática, com muita vontade, mas pouco domínio em campo.
Já o Remo, bem postado, jogava com a serenidade de um time que parecia se conhecer há anos, controlando o ritmo e explorando contra-ataques.
No primeiro tempo, as chances claras de gol marcaram o clássico. Aos 10 minutos, Pedro Rocha, do Remo, escapou pela esquerda, driblou o zagueiro bicolor e, cara a cara com o goleiro Matheus Nogueira, isolou a bola. O Paysandu respondeu aos 18, em cobrança de escanteio: Benitez desviou de cabeça, e Leandro Vilela, sozinho na pequena área, mandou por cima do gol, desperdiçando uma oportunidade inacreditável.
Apesar do equilíbrio, o Remo se mostrava mais organizado, neutralizando as descidas de Edílson, principal arma do Paysandu, com dupla marcação. O placar permaneceu 0 a 0, deixando o confronto aberto.
O segundo tempo começou com o Remo desperdiçando mais chances. Logo aos 25 segundos, Pedro Rocha, novamente cara a cara com Matheus Nogueira, parou no goleiro bicolor após erro da defesa do Paysandu. Aos 5 minutos, Felipe Viseu, aproveitando outra falha na linha de impedimento do Papão, também esbarrou em Nogueira, que operava verdadeiros milagres.
O arqueiro bicolor, em noite inspirada, se consolidava como o grande nome da final.
Aos 7 minutos, o Paysandu abriu o placar. Matheus Vargas chutou de fora da área, e a bola bateu no braço de Reynaldo. Após longa análise do VAR, o juiz marcou pênalti. Rossi cobrou com categoria e fez 1 a 0, igualando o confronto no agregado e levando a decisão para as penalidades.
O jogo esfriou com substituições de ambos os lados, até que, aos 37 minutos, o Remo teve sua chance. Adaílton, em jogada individual, tentou cruzar, e a bola bateu no braço de Bryan Borges. O juiz marcou pênalti sem hesitar. Na cobrança, porém, Adaílton bateu mal, e Matheus Nogueira, mais uma vez, brilhou, defendendo a penalidade e mantendo o Paysandu vivo.
Com o empate persistindo, a decisão foi para os pênaltis. Nesse momento, o psicológico e o físico falaram mais alto. O Remo, que demonstrou garra e competência durante toda a competição, não fraquejou. Após uma longa sequência de cobranças, Dudu desperdiçou para o Paysandu, e Reynaldo, com frieza, converteu para o Remo, garantindo o 48º título paraense ao Leão Azul.
O Remo, melhor ao longo do campeonato e nas finais, conquistou um título merecido.
RAIO X DA PARTIDA
Juiz: Rodrigo José Pereira de Lima (PE)
Assistentes: Brígida Cirilo Ferreira (AL) e Luanderson Lima dos Santos (BA)
VAR: Gilberto Rodrigues Castro (PE)
Gol: Rossi (10/2T)
Cartões Amarelos: Marcelinho, Reynaldo (Remo) Nicolas, Quintana, Rossi (Paysandu)
Remo: Marcelo Rangel; Marcelinho, Klaus (Rafael Castro) , Reynaldo e Sávio (Alvariño); Caio Vinícius, Giovanni Pavani (Dodô) e Pedro Castro; Janderson (Kadu), Felipe Vizeu (Adaílton) e Pedro Rocha. Técnico: Daniel Paulista
Paysandu: Matheus Nogueira; Edilson Júnior, Luan Freitas, Quintana e Reverson (PK); Martínez (Dudu Vieira), Matheus Vargas (André Lima) e Vilela; Rossi (Giovanni), Benítez e Nicolás (Bryan Borges). Técnico: Luizinho Lopes
Melhores momentos e gols:
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