A moto, o carrasco e a execução a tiros na Transamazônica

A noite de ontem, ,7 foi marcada por mais um episódio da escalada da violência no sudoeste do Pará. Francimar Moraes Costa, 46 anos, foi executado a tiros enquanto caminhava ao lado da companheira por uma via lateral da BR-230, a Transamazônica, em Altamira. O caso está sendo investigado como homicídio doloso pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil.

De acordo com o depoimento da mulher, cuja identidade foi preservada, o casal seguia para casa por volta das 20h40 quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram. Sem qualquer diálogo, o passageiro sacou uma arma e disparou contra Francimar, que caiu à margem da rodovia. Os criminosos fugiram imediatamente após o ataque.

Acionados por testemunhas, a Polícia Militar e uma equipe do Corpo de Bombeiros compareceram ao local, mas apenas puderam confirmar o óbito da vítima. O corpo foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) de Altamira pela Polícia Científica do Pará.

Ainda na noite do crime, um suspeito foi preso, mas as autoridades mantêm sigilo sobre os detalhes da investigação. A polícia informou que Francimar tinha passagens por violência doméstica, mas não esclareceu se essa informação tem relação com o assassinato.

Reflexo de uma crise nacional

O crime em Altamira não é um caso isolado. O Pará, assim como o restante do país, enfrenta uma grave crise de segurança pública. Dados recentes apontam que homicídios ligados a execuções e acertos de contas seguem em alta, especialmente em regiões onde a presença do Estado é frágil. Na Transamazônica, rota estratégica do tráfico de drogas e da grilagem de terras, a violência assume contornos ainda mais preocupantes.

Especialistas apontam que a combinação de disputas territoriais, organizações criminosas e falta de políticas públicas eficazes tem contribuído para o avanço da criminalidade na região. O assassinato de Francimar Moraes Costa é mais um retrato desse cenário alarmante, onde execuções se tornam cada vez mais frequentes e a impunidade ainda desafia as autoridades.

A Polícia Civil segue investigando o caso e tenta identificar os autores do crime.

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