
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 com o objetivo de promover informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e combater o preconceito e a discriminação que ainda afetam pessoas no espectro autista.
O que é o TEA?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurológico que afeta o desenvolvimento, impactando principalmente a comunicação, a interação social e o comportamento.
Suas manifestações variam desde sinais leves, que permitem uma vida independente, até casos mais severos que exigem suporte constante nas atividades diárias.
Comportamentos repetitivos, hiperfoco em temas específicos e dificuldade de adaptação a mudanças são características comuns em indivíduos com TEA.

Como o TEA é diagnosticado?
O diagnóstico do TEA geralmente ocorre durante a infância, no acompanhamento de saúde realizado pela Atenção Primária à Saúde (APS), que observa o desenvolvimento infantil por meio de consultas regulares.
Durante essas avaliações, profissionais analisam o comportamento da criança, conversam com os pais e aplicam métodos de monitoramento, como a Caderneta de Saúde da Criança.
Em 2025, a terceira edição da caderneta incorporou a escala M-CHAT-R, uma ferramenta de rastreio que pode ser utilizada a partir dos 16 meses de idade para identificar sinais precoces de autismo, como o baixo interesse por interações sociais e a atenção intensa a objetos específicos.
O diagnóstico precoce permite que a APS inicie estímulos e intervenções que favoreçam o desenvolvimento e a qualidade de vida da criança.
O diagnóstico do TEA em adultos
Embora o diagnóstico precoce seja ideal, muitas pessoas só recebem o diagnóstico de autismo na vida adulta. Isso ocorre porque, ao longo dos anos, aprendem a mascarar sintomas para se adequar às expectativas sociais, tornando os sinais mais sutis.

Os sintomas de autismo em adultos variam em intensidade, mas alguns indícios de autismo leve incluem:
- Dificuldade para interpretar expressões faciais, gestos e linguagem não verbal;
- Dificuldade em compreender ironias, metáforas ou mensagens ambíguas, podendo parecer ingênuos ou literais;
- Problemas para perceber sentimentos alheios, o que pode ser confundido com falta de empatia;
- Dificuldade em expressar afeto e falar sobre emoções, além de interpretar o sentimento dos outros;
- Perfil objetivo e direto, com dificuldade em lidar com conceitos abstratos;
- Hiperfoco em interesses específicos, com desempenho acima da média em atividades de sua afinidade;
- Rigidez na rotina, sentindo-se ansiosos e irritados diante de mudanças imprevistas;
- Sensibilidade a estímulos sensoriais como luzes intensas, ruídos altos e contato físico próximo.
Vale lembrar que cada pessoa no espectro autista é única e pode apresentar um conjunto específico de manifestações, o que reforça a importância de um diagnóstico individualizado.
O TEA não tem cura, mas o diagnóstico correto permite desenvolver estratégias para melhorar a autonomia e a qualidade de vida dos autistas, promovendo inclusão e respeito em todas as fases da vida.
The post Dia Mundial do Autismo: você sabe o que significa TEA? Veja sinais em crianças e adultos appeared first on Portal Norte.