Uma ex-funcionária de um escritório jurídico em Manaus denunciou nesta quinta-feira (17) o advogado para quem trabalhava por abuso sexual, assédio e constrangimento no ambiente de trabalho.
Em entrevista à TV Norte Amazonas, Marcela Nascimento relatou episódios de violência, incluindo um ato sexual forçado em que o acusado estaria sob efeito de entorpecentes e portando armas no local.
Segundo a vítima, o advogado a agredia verbalmente com frequência, usando palavras de baixo calão, e fazia uso de drogas no escritório.
Ex-funcionária denuncia advogado por abuso sexual em Manaus
O caso mais grave ocorreu quando ele a chamou para levar um suco em sua sala. Ao entrar, Marcela foi puxada para dentro, e a porta automática se fechou, impedindo sua saída.
“Ele estava nu atrás da porta, com o rosto sujo de pó branco. Tomou meu celular e disse: ‘Se ajoelha agora, igual minha esposa’”, contou.
A vítima relatou que foi forçada a atos sexuais sob ameaça e violência física. “Ele empurrava minha cabeça com força, ejaculou no meu rosto e me fez me limpar no banheiro. Só me deixou sair quando parei de chorar”, desabafou.
Abusos ocorriam na ausência da esposa, que fazia tratamento de câncer
Marcela informou que os abusos começaram no ano passado, quando a esposa do advogado viajou para tratar um câncer.
“Todas as vezes acontecia quando ela não estava”, disse. Ela também revelou que o suspeito já havia tentado beijá-la à força em outras ocasiões e que mantinha armas no escritório.
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“Outras pessoas sabiam o que acontecia lá. Tem mais vítimas”, denunciou.
Acompanhada da advogada Adriane Magalhães, a vítima registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
“Não é fácil vim aqui me expor, expor minha integridade. Mas de fato fui violentada sim”, disse.
A polícia deve investigar as acusações, incluindo a possibilidade de outras vítimas. O advogado suspeito de cometer os crimes se pronunciou sobre o caso.
Pronunciamento do advogado
Por meio de nota, o advogado Charles Garcial informou que está sendo vítima de extorsão por parte da advogada da vítima.
Na declaração, ele relata que a situação está sendo motivada por uma possível disputa para a advogada conseguir uma vaga de Desembargadora reserva à OAB-AM.
Por fim, o advogado ressaltou: “Não cederei à chantagista. Resolvi enfrentar a advogada”, disse.
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