Quais são os dois únicos países que sobreviveriam a uma guerra nuclear?

Quais são os dois únicos países que sobreviveriam a uma guerra nuclear?

Imagine acordar em um mundo onde o céu escurece em pleno dia, as temperaturas despencam e a comida desaparece das prateleiras. Esse cenário apocalíptico, conhecido como “inverno nuclear”, não é roteiro de filme, mas uma possibilidade real estudada por especialistas.

De acordo com a jornalista investigativa Annie Jacobsen, autora best-seller e finalista do Pulitzer, um conflito nuclear poderia matar cerca de 5 bilhões de pessoas em apenas 72 horas. O motivo? Uma combinação letal de destruição imediata e consequências climáticas catastróficas.

Quais são os dois únicos países que sobreviveriam a uma guerra nuclear?

Apenas dois países têm chance de sobreviver a uma guerra nuclear.

Annie Jacobsen passou anos analisando documentos militares, entrevistando cientistas e revisando dados sobre os efeitos de armas nucleares. Em conversa no podcast Diary of a CEO, ela detalhou como explosões atômicas desencadeariam incêndios capazes de lançar milhões de toneladas de fuligem na atmosfera.

Essa densa camada de partículas bloquearia a luz solar, mergulhando continentes inteiros em escuridão e frio extremo. Regiões agrícolas como o Centro-Oeste dos Estados Unidos e a Ucrânia, por exemplo, ficariam cobertas por neve por até uma década. Sem plantações, a fome se espalharia rapidamente, eliminando populações que sobrevivessem às explosões iniciais.

Mas o perigo não para por aí. A radiação, somada ao colapso da camada de ozônio, tornaria a exposição ao sol mortal. Sobreviventes seriam forçados a viver em abrigos subterrâneos, longe da superfície contaminada. Nesse contexto, Jacobsen revela uma informação surpreendente: apenas dois países teriam condições de manter a agricultura funcional durante o caos climático — Nova Zelândia e Austrália. Graças à localização geográfica isolada e a regimes de ventos favoráveis, essas nações escapariam do pior do inverno nuclear, preservando parte de seus ecossistemas.

Annie Jacobsen passou anos pesquisando os possíveis efeitos de uma guerra nuclear. (YouTube/The Diary Of A CEO)

Annie Jacobsen passou anos pesquisando os possíveis efeitos de uma guerra nuclear. (YouTube/The Diary Of A CEO)

Além dos riscos climáticos, a jornalista alerta para outro detalhe assustador: a possibilidade de uma guerra nuclear começar por acidente. Ela relembra o caso de Bill Perry, ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, que em 1979 viveu um momento de pânico durante seu plantão noturno. Sistemas de alerta do Pentágono indicaram que mísseis soviéticos estavam a caminho do território americano, incluindo ogivas lançadas de submarinos. Minutos depois, descobriu-se que o “ataque” era uma simulação exibida por engano — uma fita VHS de treinamento havia sido inserida em equipamentos de monitoramento, gerando alarmes falsos em bunkers militares.

Esse episódio, segundo Perry, foi tão realista que quase desencadeou uma resposta armada. Erros humanos, falhas técnicas e interpretações equivocadas continuam sendo ameaças latentes, mesmo em tempos de paz. Hoje, com cerca de 12 mil armas nucleares espalhadas pelo globo, o risco de um desastre permanece.

Enquanto cientistas como Brian Toon, especialista em ciência atmosférica, reforçam a urgência de políticas de desarmamento, Jacobsen destaca a importância de entender os cenários possíveis. Seu trabalho não é sobre promover medo, mas sobre informar — porque, como ela mesmo diz, “conhecer os riscos é o primeiro passo para evitá-los”.

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